𝗔 𝗼𝗿𝗶𝗴𝗲𝗺 𝗱𝗮𝘀 𝗳𝗲𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗷𝘂𝗻𝗶𝗻𝗮𝘀
A festa junina está diretamente ligada as festividades pagãs que eram realizadas na Europa por camponseses que se juntavam em determinado período do ano, mais precisamente na passagem da primavera para o verão, o chamado solstício de verão, marcadamente entre os dias 21 e 23, por volta do meio-dia, o sol alcança sua maior altura no céu; tornando-se, consequentemente, o dia mais longo de todo o ano e também a noite mais curta. No "hemisfério" norte as pessoas comemoravam a chegada do verão no mês de junho, este mês não foi escolhido atoa pois faz referência a deusa Juno "a Rainha das deusas", que era associada ao casamento, à fertilidade e ao parto na mitologia Romana, ela era uma dentre os deuses da natureza e da fertilidade que eram homenageados nesta comemoração. O intuito da comemoração era de afastar os maus espíritos que pudessem atingir a colheita, pedindo assim proteção. As pessoas se reuniam em volta de grandes fogueiras e dançavam para as entidades da natureza em rituais de fertilidade e agradecimento, daí vem o costume de acender fogueiras nas festas juninas.
"No caso da Festa Junina, descobrimos que estão relacionadas a festividades pagãs realizadas na Europa durante a Idade Média, na passagem da primavera para o verão, momento chamado de solstício de verão (que acontece nessa região e em junho)", explicou Maurício Saliba, professor de Sociologia da Universidade Estácio, em entrevista ao Aventuras em junho de 2022
"As origens são mesmo as antigas festas pagãs das antigas civilizações, ligadas aos ciclos da natureza, às estações do ano. Sociedades antigas realizavam grandes festividades, com durações longas, até de um mês, sobretudo nos períodos de plantio e de colheita", contextualiza o pesquisador de culturas populares Alberto Tsuyoshi Ikeda, professor da Universidade de São Paulo e consultor da cátedra Kaapora: da Diversidade Cultural e Étnica na Sociedade Brasileira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
"É o período relacionado à fartura, lembrando que as sociedades da Antiguidade e da Idade Média eram muito dependentes da agricultura. Então, desde os fenícios e os gregos, havia entidades ligadas ao casamento, à fertilidade, à colheita, como Janus, que eram celebrados com rodas em torno de uma fogueira”, explica a historiadora Cibele Barbosa, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj).
Na verdade, os rituais de fertilidade associados ao cultivo das plantas, incluindo todo o ciclo agrícola — a preparação do terreno, o plantio e a colheita —, sempre foram praticados pelas mais diversas sociedades e culturas em todos os tempos. Das tradições estudadas por Frazer destacam-se os ritos celebrados nas terras do Mediterrâneo oriental (Egito, Síria, Grécia, Babilônia) com o objetivo de regular as estações do ano, especialmente a passagem da primavera para o verão, que sela a superação do inverno. (Rangel, 2008, p. 16)
"Com o cultivo da terra pelo homem, surgiram os rituais de invocação de fertilidade para ajudar o crescimento das plantas e proporcionar uma boa colheita.Na Grécia, por exemplo, Adônis era considerado o espírito dos cereais. Entre os rituais mais expressivos que o homenageavam estão os jardins de Adônis: na primavera, durante oito dias, as mulheres plantavamem vasos ou cestos sementes de trigo, cevada,alface, funcho e vários tipos de flores. Com o calor do sol, as plantas cresciam rapidamente e, como não tinham raízes, murchavam ao final dos oito dias, quando então os pequenos jardins eram levados, juntamente com as imagens de Adônis morto, para ser lançados ao mar ou em outras águas." (Festas Juninas: Origens, Tradições e História, Lucia Helena Vitalli Rangel, pg. 16)
A Igreja Católica desde seu nascimento no Cristianismo por Constantino no século IV d.C, usa a tática de abrigar em si festividades e todo e qualquer tipo de deuses pagãos para continuar sua adoração a eles com uma máscara de agora ser "cristão", se antes não podia, agora com o aval do Catolicismo pode e é permitido e não há pecado algum nisto visto que foi adaptado porcamente para dentro da religião Cristã. No caso, além de não conseguirem esconder que as festividades provém do paganismo germânico e romano (lembre-se, ICAR = Igreja Católica Apostólica 𝗥𝗼𝗺𝗮𝗻𝗮), "substituíram" os deuses em um só: São João, que obviamente tentam relacionar com o das Escrituras, mas sabemos que não é assim. Como vimos, chegando o SOL (deus Apolo, Rá, Mitra) quando sua presença aumentava as pessoas comemoravam sua chegada e sabiam que aquele período iria ser farto de colheita, a Igreja Católica para continuar comemorando também o SOL de uma forma camuflada crivou o dia 24 de junho como o dia do nascimento de João Batista, só trocaram o nome e adaptaram para a cultura da época.
Vamos estabelecer um paralelo entre os deuses homenageados neste período, e os "santos" da Igreja Católica.
Dia de Santo Antônio (13 de junho) - santo mundialmente conhecido por interceder por quem quer encontrar o amor da vida ou para resolver conflitos com a pessoa amada.
Deusa Juno - Considerada a equivalência romana da grega Hera, Juno era venerada como a deusa do amor e do casamento.
Dia de São João (24 de junho) - O Dia de São João é celebrado em 24 de junho, data que comemora o nascimento de São João Batista, o santo popular mais comemorado no Brasil.
Solstício de verão no hemisfério norte (início do verão, 21 ou 22 de junho) - o Sol, ao meio-dia, atinge seu ponto mais alto no céu; o Sol, era a época do ano em que diversos povos —celtas, bretões, bascos, sardenhos, egípcios,persas, sírios, sumérios — faziam rituais de invocação de fertilidade para estimular o crescimento da vegetação, promover a fartura nas colheitas e trazer chuvas.\
Dia de São Pedro e São Paulo (29 de Junho) - "A memória dos dois santos apóstolos, Pedro e Paulo, é relembrada e festejada nesse dia"
Na Real: antiga e popular celebração romana: um culto pagão em tributo a Rômulo e Remo, fundadores de Roma.
Para que se fique mais claro, o pesquisador de culturas populares Alberto Tsuyoshi Ikeda, professor da Universidade de São Paulo e consultor da cátedra Kaapora: da Diversidade Cultural e Étnica na Sociedade Brasileira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), foi utilizado em uma matéria para a BBC que diz: Com os rituais de primavera e verão, não foi diferente. "Várias dessas festividades foram adaptadas", conclui Ikeda. "Aos poucos passaram a ser tratadas como festas em honra aos santos juninos."
"Mas é importante notar que mesmo dentro do ciclo cristão, esses santos estão ligados tematicamente com aquelas mesmas ideias, os mesmos princípios das festividades [dessa época do ano] das antigas civilizações", pontua o pesquisador.
Santo Antônio, por exemplo, é o casamenteiro — em uma leitura lato sensu, poderia ser encarado como o santo da família, da unidade familiar, da reprodução humana. "São João também está ligado, sobretudo nos interiores do Brasil, a essa questão dos relacionamentos afetivos. Tradicionalmente, faz-se muito casamento no Dia de São João", diz Ikeda.
"Ele também traz a característica da fartura [que remete aos períodos de plantio e de colheita, em oposição aos rigorosos invernos], dos alimentos, das bebidas, aquilo que chamamos na antropologia de repasto ritual ou repasto cerimonial", afirma o pesquisador.
De modo geral, na leitura proposta por ele, todos os santos juninos estão ligados aos ciclos da natureza — fogo, água, fertilidade, abundância. Está aí São Pedro e a ideia de que ele é quem controla o tempo. "Vejo uma relação entre eles e os antigos rituais, uma relação ainda presente. Embora a gente não perceba mais, eles têm essa ligação com os elementos fundamentais da existência humana", comenta.
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O costume de acender uma fogueira nessa época remonta a tradições antigas em que as pessoas acendiam tochas e fogueiras para afugentar maus espíritos e animais perigosos. Acreditavam que deviam livrar as plantas e colheitas dos espíritos maus que podiam impedir a fertilidade. As fogueiras faziam parte das festas desde sua origem pagã – especialmente nos ritos do Beltane, ancestral festival celta, realizado na Europa em 1º de maio – mas até hoje sua conexão com as regiões, povos e culturas rurais não é por acaso: a festa da colheita ganhou maior importância justamente nas áreas camponesas, festa onde as plantações estavam, e os alimentos à base de milho ou amendoim, que se tornaram parte dos temas das festas juninas, também celebram justamente a abundância dessas culturas agrícolas.
BELTANE é um festival celta que ainda é comemorado no dia 1 de maio, no hemisfério Norte; e em 31 de outubro, no hemisfério sul. Ele é marcado por muita alegria e danças ao redor da fogueira. Ele também é a representação do início do verão e da morte do inverno, embora seja conhecida como a Festa da Primavera, com o abrir das flores, as sementes e a vida da prole considerada no Reino Animal. A palavra Beltane vem do nome do Deus céltico “Bel”, que era o senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos. “Tinne” é uma palavra céltica que significa fogo. Assim, Beltane quer dizer “Fogo de Bel”. Ao redor da fogueira, as pessoas invocam o deus Bel para se livrarem da má sorte, doenças, negatividade e para atrair a fertilidade para sua vida.
Ele é baseado na Floralia, um antigo festival romano dedicado à Flora, a deusa sagrada das flores. Na antiguidade, este festival era dedicado a Plutão, o senhor romano do submundo (equivalente ao Hades da Mitologia Grega). Uma das atividades realizadas em Beltane: Pular fogueira; guardar as cinzas da fogueira para utilizar em encantamentos de fertilidade, abençoar pessoas e objetos; dançar em volta do Mastro de Beltane, etc. Um filme que demonstra este festival é demonstrado no filme de terror Midsommar - O Mal Não Espera a Noite.
Posto tudo isto já sabemos o porquê os repetidores do Sistema (professores) são obrigados pela cartilha escolar da família Illuminati a aplicar gincanas, brincadeiras, marcar datas no ano letivo e que conta como pontos no boletim, de modo que se não houver a participação o(a) aluno(a) será penalizado(a) e sua nota reduzida. Denominações religiosas marcando "arraiá gospel" pra cá outros para lá, nessa hora o protestantismo que saiu da católica embarca na festa pagã junto de sua mamãe. Ruas chegam a ser fechadas com o consentimento da prefeitura para se desfilar ou para uma apresentação. Programas mudam o cenário para se adaptar a comemoração atual. Estabelecimentos e seu merchandising por marketing e puro comércio exibem sua logo cheia das bandeirinhas nojentas desta festa. No caso, mais uma vez o mundo se prepara e realiza a cada ano mais uma comemoração que tem suas raízes no paganismo, é incentivado e propagandeado pelo Sistema, milhares levam seus filhos a isto pois se trata de mais uma festa "inocente", sendo que a ingenuidade reside justamente na cabeça dos responsáveis.
Fontes: https://www.hypeness.com.br/2021/06/curiosidades-sobre-a-historia-da-festa-junina-uma-festa-originalmente-camponesa-e-paga/
https://www.qualiseditora.com/post/2018/05/29/festival-de-beltane
https://darkside.blog.br/por-que-junho-tem-este-nome-conheca-a-deusa-juno/
https://darkside.blog.br/conheca-as-origens-pagas-das-festas-juninas/#:~:text=Pesquisadores%20indicam%20que%20as%20festas,que%20pudessem%20atingir%20a%20colheita.
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/bandeirinha-balao-e-fogueira-os-significados-por-tras-dos-simbolos-juninos.phtml
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57521052
Livro 𝘍𝘦𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘑𝘶𝘯𝘪𝘯𝘢𝘴 𝘍𝘦𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘚𝘢̃𝘰 𝘑𝘰𝘢̃𝘰 𝘖𝘳𝘪𝘨𝘦𝘯𝘴, 𝘛𝘳𝘢𝘥𝘪𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴 𝘦 𝘏𝘪𝘴𝘵𝘰́𝘳𝘪𝘢 - Lúcia Helena Vitalli Rangel. – São Paulo: Publishing Solutions, 2008.
FRAZER, James George. O ramo de ouro. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼
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