𝗥𝗲𝗳𝘂𝘁𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗯𝗼𝗯𝗶𝗰𝗲𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗮𝘁𝗲𝗶́𝘀𝘁𝗮𝘀 𝟮𝟴
O concílio foi convocado pelo Imperador Justiniano I e abordou várias questões teológicas e disciplinares dentro da Igreja Católica.
Os temas principais discutidos no concílio incluíram:
𝗠𝗼𝗻𝗼𝗳𝗶𝘀𝗶𝘀𝗺𝗼: A controvérsia sobre a natureza de Cristo, especificamente se Ele tinha uma ou duas naturezas (humana e divina).
𝗢𝗿𝗶𝗴𝗲𝗻𝗶𝘀𝗺𝗼: A condenação das doutrinas de Orígenes, especialmente aquelas relacionadas à predestinação e à natureza da alma humana.
𝗗𝗶𝘀𝗰𝗶𝗽𝗹𝗶𝗻𝗮 𝗘𝗰𝗹𝗲𝘀𝗶𝗮́𝘀𝘁𝗶𝗰𝗮: Regras sobre a disciplina e a organização da Igreja, incluindo a subordinação dos bispos a seus metropolitas.
Os principais documentos do Segundo Concílio de Constantinopla incluem:
𝗖𝗼𝗻𝘀𝘁𝗶𝘁𝘂𝘁𝘂𝗺: Um documento assinado por 16 bispos, principalmente do Ocidente, em 23 de fevereiro de 554, condenando os Três Capítulos.
𝗖𝗮𝗿𝘁𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗼 𝗣𝗮𝘁𝗿𝗶𝗮𝗿𝗰𝗮 𝗘𝘂𝘁𝗶́𝗾𝘂𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗖𝗼𝗻𝘀𝘁𝗮𝗻𝘁𝗶𝗻𝗼𝗽𝗹𝗮: Enviada em 8 de dezembro de 553.
𝗖𝗮̂𝗻𝗼𝗻𝗲𝘀 𝗖𝗿𝗶𝘀𝘁𝗼𝗹𝗼́𝗴𝗶𝗰𝗼𝘀: 14 cânones que abordam a natureza de Cristo e condenam os ensinamentos de Orígenes e Evágrio.
𝗖𝗮̂𝗻𝗼𝗻𝗲𝘀 𝗰𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮 𝗼𝘀 𝗧𝗿𝗲̂𝘀 𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼𝘀: 15 cânones que condenam especificamente os ensinamentos dos Três Capítulos.
Em nenhum deles é citado "reencarnação", até porque eles já sabiam que isso se tratava de uma farsa e nem sequer mencionaram nos seus documentos. O próprio Orígenes que era um teólogo do século II cujas ideias incluíam a preexistência das almas, e ela estava sendo condenada junto com suas outras doutrinas, ele próprio nunca a defendeu. Orígenes afirmou que a reencarnação era "totalmente alheia à Igreja de Deus, não ensinada pelos Apóstolos e não sustentada pela Escritura" (Comentário ao Evangelho de Mateus XIII, 1, 46-53). Orígenes discutiu a interpretação de Basílides sobre Romanos 7:9 em seus Comentários à Epístola aos Romanos. Ele mencionou que Basílides interpretou a passagem "Vivi outrora sem lei..." (Romanos 7:9) para apoiar a ideia de reencarnação, sugerindo que Paulo estava se referindo a uma vida anterior sem a lei. Basílides foi um filósofo gnóstico que tentou interpretar passagens da Bíblia, como Romanos 7:9, para apoiar a reencarnação. Orígenes citou essas interpretações para discutir e, eventualmente, rejeitá-las com base nos ensinamentos ortodoxos. Quando Orígenes menciona que a reencarnação é "totalmente alheia à Igreja de Deus, não ensinada pelos Apóstolos e não sustentada pela Escritura," ele está deixando claro que, apesar de analisar e discutir essas teorias, ele as considera incompatíveis com a doutrina cristã tradicional. Mas voltando ao concílio, ela visava reafirmar a doutrina ortodoxa e eliminar influências teológicas que eram consideradas desviantes ou heréticas, como as de Orígenes. Os Cânones Cristológicos do Segundo Concílio de Constantinopla, aborda as doutrinas de Orígenes:
Cânone 3: "Se alguém disser que existiu um Deus-Verbo, que fez os milagres, e um Outro Cristo, que sofreu, ou que Deus, o Verbo, estava com Cristo quando nasceu de uma mulher, ou que estava nele como uma pessoa em outra, e que ele não era um só e o mesmo Senhor Jesus Cristo, encarnado e feito homem, e que os milagres e os sofrimentos que ele suportou voluntariamente na carne não pertenciam à mesma pessoa, seja anátema."
Este cânone rejeita a ideia de que existem duas personalidades distintas em Cristo. E o Segundo Concílio de Constantinopla condenou algumas das suas doutrinas, mas isso não inclui a defesa da reencarnação por Orígenes, já que ele nunca a promoveu. Não há um documento específico do Segundo Concílio de Constantinopla que trate diretamente da reencarnação. No entanto, o concílio condenou as doutrinas de Orígenes, que incluíam a preexistência das almas, uma ideia frequentemente associada à reencarnação. Mas ela não foi abordada! Isto é uma mentira promovida pelos seguidores de doutrinas babilônicas como os espíritas e os ateus! Os documentos existentes sobre este Concílio tratam das seguintes heresias:
Contra o Monofisismo
Cânone 1: "Se alguém disser que há duas naturezas em Cristo, mas apenas uma vontade, seja anátema."
Contra o Nestorianismo
Cânone 3: "Se alguém disser que existiu um Deus-Verbo, que fez os milagres, e um Outro Cristo, que sofreu, ou que Deus, o Verbo, estava com Cristo quando nasceu de uma mulher, ou que estava nele como uma pessoa em outra, e que ele não era um só e o mesmo Senhor Jesus Cristo, encarnado e feito homem, e que os milagres e os sofrimentos que ele suportou voluntariamente na carne não pertenciam à mesma pessoa, seja anátema."
Contra os Três Capítulos
Cânone 6: "Se alguém disser que os Três Capítulos são ortodoxos e não heréticos, seja anátema."
Os Três Capítulos referem-se a escritos específicos de três teólogos: Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto de Cirro e Ibas de Edessa. Esses escritos foram condenados pelo Segundo Concílio de Constantinopla por várias razões:
Teodoro de Mopsuéstia: Conhecido por suas obras que foram vistas como próximas ao nestorianismo, uma heresia que separava as naturezas divina e humana de Cristo.
Teodoreto de Cirro: Condenado por suas críticas às decisões do Concílio de Calcedônia, que afirmava a existência de duas naturezas em Cristo.
Ibas de Edessa: Condenado por uma carta que criticava Cirilo de Alexandria e o Concílio de Éfeso, e que era vista como pró-nestoriana.
Mas Nicolas, se foi condenada a doutrina da preexistência de almas, eles estavam condenando a reencarnação e desta o ateu está certo, certo? Não! Vejamos:
Definição da doutrina: a preexistência das almas sugere que as almas humanas existem eternamente e, após a morte do corpo físico, reencarnam em novos corpos. Essa doutrina sugere que as almas são eternas ou foram criadas por Deus em um momento anterior e existem independentemente antes de se unirem a um corpo humano ao nascer, e ela foi condenada porque vai contra a crença de que a alma é criada por Deus ao mesmo tempo que o corpo físico.
Definição de reencarnação: é a crença de que, após a morte, a alma de uma pessoa nasce novamente em um novo corpo. Este ciclo de morte e renascimento pode ocorrer inúmeras vezes, com a alma passando por várias vidas em diferentes formas corporais.
Por aqui você pode notar a diferença, mas detalharei as diferenças.
𝙊𝙧𝙞𝙜𝙚𝙢 𝙚 𝙀𝙭𝙞𝙨𝙩𝙚̂𝙣𝙘𝙞𝙖 𝙙𝙖 𝘼𝙡𝙢𝙖:
Preexistência das Almas: A alma existe antes da criação do corpo físico.
Reencarnação: A alma renasce em um novo corpo após a morte.
𝘾𝙞𝙘𝙡𝙤 𝙙𝙚 𝙑𝙞𝙙𝙖𝙨:
Preexistência das Almas: Não implica necessariamente múltiplas vidas, mas a existência anterior da alma.
Reencarnação: Implica um ciclo contínuo de nascimento, morte e renascimento.
A condenação da preexistência das Almas estão presentes nos seguintes cânones:
Cânone 2: "Se alguém disser que a alma humana existiu antes da criação do corpo, seja anátema."
Cânone 14: "Se alguém disser que a alma humana é eterna e existiu antes da criação do corpo, seja anátema."
Enfim, elas podem se relacionar, mas não é o mesmo conceito.
E o que está correto na afirmação da imagem? Quase nada, A influência de Justiniano e Teodora é bem documentada que eles tinham fortes posições teológicas que influenciaram o concílio, mas a condenação da reencarnação especificamente não foi o foco. A única coisa é que embora não possamos afirmar com total certeza as intenções pessoais de Justiniano e Teodora devido à falta de evidências documentais específicas, é historicamente plausível que a promoção da crença em um inferno eterno tenha sido usada como uma estratégia para fortalecer a autoridade da Igreja e encorajar a conversão, pois isto é usado até hoje pelas religiões mais conhecidas, e como já foi abordado por aqui há anos atrás o "inferno eterno" é uma farsa, e pode ter sido usada por estes dois, mas não necessariamente tem ligação com proibição de "reencarnação", e mesmo que fosse, tanto o inferno como é apresentado, e a reencarnação, são duas doutrinas pagãs, uma para colocar medo, e a outra para dar uma falsa esperança, um ópio dentro das religiões orientais.
𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼
Nenhum comentário:
Postar um comentário