domingo, 9 de fevereiro de 2025

Satanás é um ser, ou a nossa natureza humana?


  Há quem afirme que Satanás ou diabo seja a natureza humana, resultando em dizer que não há um ser maligno, mas sim que se trata de uma simbologia para a maldade humana pecaminosa. Vamos aos textos que esse povo usa para afirmais tais coisas, depois destrinchar cada passagem que foi apresentada como uma suposta prova desta teoria, depois tratarei dos textos que apresentam Satã como um ser literalmente falando.


Aqui uma seleção de alguns textos que os céticos e críticos religiosos se apoiam para afirmar que essas figuras são representações simbólicas dos aspectos negativos da natureza humana:

"P𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘴 𝘰𝘣𝘳𝘢𝘴 𝘥𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦 𝘴𝘢̃𝘰 𝘮𝘢𝘯𝘪𝘧𝘦𝘴𝘵𝘢𝘴, 𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘢𝘪𝘴 𝘴𝘢̃𝘰: 𝘢𝘥𝘶𝘭𝘵𝘦́𝘳𝘪𝘰, 𝘧𝘰𝘳𝘯𝘪𝘤𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰, 𝘪𝘮𝘱𝘶𝘳𝘦𝘻𝘢, 𝘭𝘢𝘴𝘤𝘪́𝘷𝘪𝘢, 𝘐𝘥𝘰𝘭𝘢𝘵𝘳𝘪𝘢, 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘪𝘤̧𝘢𝘳𝘪𝘢, 𝘪𝘯𝘪𝘮𝘪𝘻𝘢𝘥𝘦𝘴, 𝘱𝘰𝘳𝘧𝘪𝘢𝘴, 𝘦𝘮𝘶𝘭𝘢𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴, 𝘪𝘳𝘢𝘴, 𝘱𝘦𝘭𝘦𝘫𝘢𝘴, 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦𝘯𝘴𝘰̃𝘦𝘴, 𝘩𝘦𝘳𝘦𝘴𝘪𝘢𝘴, 𝘐𝘯𝘷𝘦𝘫𝘢𝘴, 𝘩𝘰𝘮𝘪𝘤𝘪́𝘥𝘪𝘰𝘴, 𝘣𝘦𝘣𝘦𝘥𝘪𝘤𝘦𝘴, 𝘨𝘭𝘶𝘵𝘰𝘯𝘢𝘳𝘪𝘢𝘴, 𝘦 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘴𝘦𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘴, 𝘢𝘤𝘦𝘳𝘤𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘲𝘶𝘢𝘪𝘴 𝘷𝘰𝘴 𝘥𝘦𝘤𝘭𝘢𝘳𝘰, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘫𝘢́ 𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴 𝘷𝘰𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦, 𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘵𝘦𝘮 𝘵𝘢𝘪𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘩𝘦𝘳𝘥𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘰 𝘳𝘦𝘪𝘯𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴." (𝗚𝗮́𝗹𝗮𝘁𝗮𝘀 𝟱:𝟭𝟵-𝟮𝟭)

Paulo fala sobre "as obras da carne" que são contrárias a Deus, essas obras são vistas como manifestações da natureza humana pecaminosa. Acho que até aqui nos concordamos.

"𝘘𝘶𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘵𝘦 𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘦́ 𝘥𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰; 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘥𝘦 𝘰 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪́𝘱𝘪𝘰. 𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘰 𝘍𝘪𝘭𝘩𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘴𝘦 𝘮𝘢𝘯𝘪𝘧𝘦𝘴𝘵𝘰𝘶: 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘢𝘴 𝘰𝘣𝘳𝘢𝘴 𝘥𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰." (𝟭 𝗝𝗼𝗮̃𝗼 𝟯:𝟴)

O "diabo" é visto, segundo este pessoal, como a personificação do pecado e da natureza humana pecaminosa. Mas se fazermos uma exegese dentro do grego, isto teria algum fundamento? Para isto se utilizando da combinação dos manuscritos gregos Codex Sinaiticus (א) e o Codex Vaticanus (B), vemos que esta interpretação está correta? Vejamos:

𝗧𝗲𝘅𝘁𝗼 𝗲𝗺 𝗚𝗿𝗲𝗴𝗼:
> ὁ ποιῶν τὴν ἁμαρτίαν ἐκ τοῦ διαβόλου ἐστίν, ὅτι ἀπ’ ἀρχῆς ὁ διάβολος ἁμαρτάνει. εἰς τοῦτο ἐφανερώθη ὁ υἱὸς τοῦ θεοῦ, ἵνα λύσῃ τὰ ἔργα τοῦ διαβόλου.

A tradução não é aqui incluída porque é a mesma supracitada. Portanto, vamos para a transliteração (processo de mapeamento de um sistema de escrita em outro).

𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗹𝗶𝘁𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼:
> ho poiōn tēn hamartian ek tou diabolou estin, hoti ap' archēs ho diabolos hamartanei. eis touto ephanerōthē ho huios tou theou, hina lysē ta erga tou diabolou.

Vamos por partes, "ho poiōn tēn hamartian" (Aquele que comete pecado): Literalmente, "aquele que pratica o pecado". Hamartian (ἁμαρτίαν) refere-se ao pecado em geral, sem especificar um tipo de pecado.

"ek tou diabolou estin" (é do diabo): Ek (ἐκ) significa "de", indicando origem ou associação. Diabolou (διαβόλου) é o genitivo de diabolos (διάβολος), que significa "difamador" ou "acusador", comumente traduzido como "diabo".

"hoti ap' archēs ho diabolos hamartanei" (porque o diabo peca desde o princípio): Archēs (ἀρχῆς) significa "início" ou "princípio". Hamartanei (ἁμαρτάνει) é o verbo para "pecar" no tempo presente, indicando uma ação contínua.

"hina lysē ta erga tou diabolou" (para desfazer as obras do diabo): Lysē (λύσῃ) significa "desfazer" ou "destruir". Erga (ἔργα) são "obras" ou "ações".

O versículo claramente associa o pecado ao diabo, sugerindo que aqueles que pecam se alinham com ele. No entanto, o diabo é apresentado como uma entidade que age e peca "desde o princípio". A frase "o diabo peca desde o princípio" indica uma continuidade e uma personalidade associada ao diabo. Ele é visto como a origem ou a personificação do pecado. Inclusive, sobre esta questão do "desde o princípio" vai ser abordado (ou já foi) aqui no canal, fechando a questão se Satã foi criado mau ou se em algum momento ele foi um anjo do bem.
A missão do Filho de Deus, segundo o versículo, é destruir as "obras do diabo", indicando uma oposição direta a um ser ativo e personificado, não meramente a uma abstração do pecado. O grego original em 1 João 3:8 trata o diabo como um ser personificado, responsável pelo pecado e suas ações contínuas. Portanto, a interpretação de que o diabo é apenas uma metáfora para a natureza humana pecaminosa não encontra um fundamento sólido neste texto. O diabo é claramente retratado como uma entidade pessoal que está em oposição direta ao Filho de Deus. Zero pontos ainda para estes céticos.

"𝘗𝘰𝘳𝘵𝘢𝘯𝘵𝘰, 𝘴𝘶𝘣𝘮𝘦𝘵𝘢𝘮-𝘴𝘦 𝘢 𝘋𝘦𝘶𝘴. 𝘙𝘦𝘴𝘪𝘴𝘵𝘢𝘮 𝘢𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰, 𝘦 𝘦𝘭𝘦 𝘧𝘶𝘨𝘪𝘳𝘢́ 𝘥𝘦 𝘷𝘰𝘤𝘦̂𝘴." (𝗧𝗶𝗮𝗴𝗼 𝟰:𝟳)

Seguiremos da mesma forma com este e os seguintes que serão apresentados.

𝗧𝗲𝘅𝘁𝗼 𝗲𝗺 𝗚𝗿𝗲𝗴𝗼:
> ὑποτάγητε οὖν τῷ Θεῷ· ἀντίστητε δὲ τῷ διαβόλῳ, καὶ φεύξεται ἀφ’ ὑμῶν.

𝗧𝗿𝗮𝗻𝘀𝗹𝗶𝘁𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼:
> hypotagēte oun tō Theō; antistēte de tō diabolō, kai pheuxetai aph’ hymōn.

Analisando em partes, o "hypotagēte oun tō Theō" (submetam-se a Deus): Hypotagēte (ὑποτάγητε) é um imperativo aoristo, que indica uma ação completa e decisiva de submissão. Tō Theō (τῷ Θεῷ) é o dativo de "Deus", indicando a quem devemos nos submeter.

O "antistēte de tō diabolō" (resistam ao diabo): Antistēte (ἀντίστητε) é outro imperativo aoristo, indicando uma resistência firme e definitiva. Tō diabolō (τῷ διαβόλῳ) é o dativo de "diabo", indicando a quem devemos resistir.

"kai pheuxetai aph’ hymōn" (e ele fugirá de vocês): Pheuxetai (φεύξεται) é o futuro indicativo médio, sugerindo que a fuga é uma consequência direta da resistência. Aph’ hymōn (ἀφ’ ὑμῶν) significa "de vocês", indicando que o diabo fugirá da presença dos crentes.

Já deveria estar claro, mas prosseguindo. O versículo apresenta dois comandos claros: submeter-se a Deus e resistir ao diabo. A ação de resistir ao diabo resulta na sua fuga. Diabolos (διάβολος) é tradicionalmente entendido como "acusador" ou "caluniador". Aqui, ele é tratado como uma entidade que pode ser resistida e que reage fugindo.
A estrutura gramatical e o contexto implicam que o diabo é uma entidade ativa e personificada, que atua de forma adversa aos crentes e pode ser confrontado diretamente. Então sim, o texto trata este diabo como um ser personificado.

"𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘢𝘤̧𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘰 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘷𝘰; 𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘧𝘢𝘤̧𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘣𝘰𝘳𝘳𝘦𝘤̧𝘰 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘧𝘢𝘤̧𝘰. 𝘌, 𝘴𝘦 𝘧𝘢𝘤̧𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰, 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘯𝘵𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘭𝘦𝘪, 𝘲𝘶𝘦 𝘦́ 𝘣𝘰𝘢. 𝘋𝘦 𝘮𝘢𝘯𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘫𝘢́ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘰𝘶 𝘦𝘶 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘢𝘤̧𝘰 𝘪𝘴𝘵𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮. 𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘴𝘦𝘪 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮, 𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘦́, 𝘯𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢 𝘣𝘦𝘮 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮; 𝘦 𝘤𝘰𝘮 𝘦𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘦𝘳 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮, 𝘮𝘢𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘨𝘰 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘳 𝘰 𝘣𝘦𝘮. 𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘧𝘢𝘤̧𝘰 𝘰 𝘣𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘰 𝘮𝘢𝘭 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘧𝘢𝘤̧𝘰. 𝘖𝘳𝘢, 𝘴𝘦 𝘦𝘶 𝘧𝘢𝘤̧𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰, 𝘫𝘢́ 𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘧𝘢𝘤̧𝘰 𝘦𝘶, 𝘮𝘢𝘴 𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘩𝘢𝘣𝘪𝘵𝘢 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮. 𝘈𝘤𝘩𝘰 𝘦𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘭𝘦𝘪 𝘦𝘮 𝘮𝘪𝘮, 𝘲𝘶𝘦, 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘰 𝘣𝘦𝘮, 𝘰 𝘮𝘢𝘭 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘤𝘰𝘮𝘪𝘨𝘰. 𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦, 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘰 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘮 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘪𝘰𝘳, 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘰 𝘱𝘳𝘢𝘻𝘦𝘳 𝘯𝘢 𝘭𝘦𝘪 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴; 𝘔𝘢𝘴 𝘷𝘦𝘫𝘰 𝘯𝘰𝘴 𝘮𝘦𝘶𝘴 𝘮𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰𝘴 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘢 𝘭𝘦𝘪, 𝘲𝘶𝘦 𝘣𝘢𝘵𝘢𝘭𝘩𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘢 𝘭𝘦𝘪 𝘥𝘰 𝘮𝘦𝘶 𝘦𝘯𝘵𝘦𝘯𝘥𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰, 𝘦 𝘮𝘦 𝘱𝘳𝘦𝘯𝘥𝘦 𝘥𝘦𝘣𝘢𝘪𝘹𝘰 𝘥𝘢 𝘭𝘦𝘪 𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘯𝘰𝘴 𝘮𝘦𝘶𝘴 𝘮𝘦𝘮𝘣𝘳𝘰𝘴. 𝘔𝘪𝘴𝘦𝘳𝘢́𝘷𝘦𝘭 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘴𝘰𝘶! 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘮𝘦 𝘭𝘪𝘷𝘳𝘢𝘳𝘢́ 𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘳𝘱𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘦? 𝘋𝘰𝘶 𝘨𝘳𝘢𝘤̧𝘢𝘴 𝘢 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘱𝘰𝘳 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴 𝘊𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳. 𝘈𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘦𝘯𝘵𝘦𝘯𝘥𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘴𝘪𝘳𝘷𝘰 𝘢̀ 𝘭𝘦𝘪 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘮𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦 𝘢̀ 𝘭𝘦𝘪 𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰." (𝗥𝗼𝗺𝗮𝗻𝗼𝘀 𝟳:𝟭𝟱-𝟮𝟱)

Estamos vendo em mais esta refutação de que Romanos nada tem haver com esta interpretação simbólica que críticos e ateus tem, mas eles afirmam que aqui Paulo discute a luta interna entre o desejo de fazer o bem e a inclinação para o mal, que ele atribui à "letra da carne" e ao "poder do pecado". Ele vê essa luta como uma manifestação da natureza humana pecaminosa, e assim conectam com o que os outros textos não afirmam. Romanos 7:15-25 descreve uma intensa luta interna entre a carne (σάρξ) e o espírito. Paulo personifica o pecado como uma força ativa dentro dele, mas ele não identifica diretamente essa força com o diabo. A passagem foca mais na natureza humana pecaminosa e na batalha interna, em vez de atribuir essas ações diretamente ao diabo como um ser personificado. Mas será que agora eles ganham um ponto? Lendo outras passagens vemos que Paulo afirmava que o diabo era um ser, e não uma simbologia da natureza humana pecaminosa.

"𝘙𝘦𝘷𝘦𝘴𝘵𝘪-𝘷𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢 𝘢 𝘢𝘳𝘮𝘢𝘥𝘶𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘢𝘪𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘧𝘪𝘳𝘮𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘢𝘴 𝘤𝘪𝘭𝘢𝘥𝘢𝘴 𝘥𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰; 𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘯𝘦 𝘦 𝘴𝘢𝘯𝘨𝘶𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘭𝘶𝘵𝘢𝘳, 𝘮𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘱𝘳𝘪𝘯𝘤𝘪𝘱𝘢𝘥𝘰𝘴, 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘢𝘴 𝘱𝘰𝘵𝘦𝘴𝘵𝘢𝘥𝘦𝘴, 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘰𝘴 𝘥𝘰𝘮𝘪𝘯𝘢𝘥𝘰𝘳𝘦𝘴 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘵𝘦𝘯𝘦𝘣𝘳𝘰𝘴𝘰, 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘢𝘴 𝘧𝘰𝘳𝘤̧𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘱𝘪𝘳𝘪𝘵𝘶𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘰 𝘮𝘢𝘭 𝘯𝘢𝘴 𝘳𝘦𝘨𝘪𝘰̃𝘦𝘴 𝘤𝘦𝘭𝘦𝘴𝘵𝘪𝘢𝘪𝘴." (𝗘𝗳𝗲́𝘀𝗶𝗼𝘀 𝟲:𝟭𝟭-𝟭𝟮)

"𝘗𝘰𝘳 𝘦𝘴𝘴𝘢 𝘳𝘢𝘻𝘢̃𝘰, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘳 𝘮𝘢𝘪𝘴, 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘮𝘢𝘯𝘥𝘦𝘪 𝘱𝘦𝘳𝘨𝘶𝘯𝘵𝘢𝘳 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘥𝘢 𝘷𝘰𝘴𝘴𝘢 𝘧𝘦́, 𝘵𝘦𝘮𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰𝘳 𝘷𝘰𝘴 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰, 𝘦 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘵𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘰 𝘷𝘪𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘪𝘯𝘶́𝘵𝘪𝘭." (𝟭 𝗧𝗲𝘀𝘀𝗮𝗹𝗼𝗻𝗶𝗰𝗲𝗻𝘀𝗲𝘀 𝟯:𝟱)

Então não, Paulo se estivesse vivo saberia que estes céticos estariam mentindo ao afirmar que tudo se tratava de simbologia. Ainda contrapondo esta ideia, aqui será apresentado outros textos que tratam de Ha Satan como um ser literal e personificado.

"𝘌 𝘯𝘶𝘮 𝘥𝘪𝘢 𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘴 𝘧𝘪𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘷𝘪𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘢𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳-𝘴𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳, 𝘷𝘦𝘪𝘰 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘦𝘭𝘦𝘴.𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘢 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴: 𝘋𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘷𝘦𝘯𝘴? 𝘌 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘰𝘯𝘥𝘦𝘶 𝘢𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳, 𝘦 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦: 𝘋𝘦 𝘳𝘰𝘥𝘦𝘢𝘳 𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢, 𝘦 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘦𝘢𝘳 𝘱𝘰𝘳 𝘦𝘭𝘢. 𝘌 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳 𝘢 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴: 𝘖𝘣𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢𝘴𝘵𝘦 𝘵𝘶 𝘢 𝘮𝘦𝘶 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘰 𝘑𝘰́? 𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘪𝘯𝘨𝘶𝘦́𝘮 𝘩𝘢́ 𝘯𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘮𝘦𝘭𝘩𝘢𝘯𝘵𝘦 𝘢 𝘦𝘭𝘦, 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘮 𝘪́𝘯𝘵𝘦𝘨𝘳𝘰 𝘦 𝘳𝘦𝘵𝘰, 𝘵𝘦𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘦 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘷𝘪𝘢 𝘥𝘰 𝘮𝘢𝘭. 𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘰𝘯𝘥𝘦𝘶 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴 𝘢𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳, 𝘦 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦: 𝘗𝘰𝘳𝘷𝘦𝘯𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘵𝘦𝘮𝘦 𝘑𝘰́ 𝘢 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘥𝘦𝘣𝘢𝘭𝘥𝘦? 𝘗𝘰𝘳𝘷𝘦𝘯𝘵𝘶𝘳𝘢 𝘵𝘶 𝘯𝘢̃𝘰 𝘤𝘦𝘳𝘤𝘢𝘴𝘵𝘦 𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘣𝘦, 𝘢 𝘦𝘭𝘦, 𝘦 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘤𝘢𝘴𝘢, 𝘦 𝘢 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘵𝘦𝘮? 𝘈 𝘰𝘣𝘳𝘢 𝘥𝘦 𝘴𝘶𝘢𝘴 𝘮𝘢̃𝘰𝘴 𝘢𝘣𝘦𝘯𝘤̧𝘰𝘢𝘴𝘵𝘦 𝘦 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘨𝘢𝘥𝘰 𝘴𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘢𝘶𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢. 𝘔𝘢𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦 𝘢 𝘵𝘶𝘢 𝘮𝘢̃𝘰, 𝘦 𝘵𝘰𝘤𝘢-𝘭𝘩𝘦 𝘦𝘮 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘵𝘦𝘮, 𝘦 𝘷𝘦𝘳𝘢́𝘴 𝘴𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘣𝘭𝘢𝘴𝘧𝘦𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘵𝘪 𝘯𝘢 𝘵𝘶𝘢 𝘧𝘢𝘤𝘦.
𝘌 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳 𝘢 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴: 𝘌𝘪𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘵𝘰 𝘦𝘭𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘯𝘢 𝘵𝘶𝘢 𝘮𝘢̃𝘰; 𝘴𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘦𝘭𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘯𝘥𝘢𝘴 𝘢 𝘵𝘶𝘢 𝘮𝘢̃𝘰. 𝘌 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴 𝘴𝘢𝘪𝘶 𝘥𝘢 𝘱𝘳𝘦𝘴𝘦𝘯𝘤̧𝘢 𝘥𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳." (𝗝𝗼́ 𝟭:𝟲-𝟭𝟮)

"𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘧𝘰𝘪 𝘤𝘰𝘯𝘥𝘶𝘻𝘪𝘥𝘰 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘌𝘴𝘱𝘪́𝘳𝘪𝘵𝘰 𝘢𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘦𝘳𝘵𝘰, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘳 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰. 𝘌, 𝘵𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘫𝘦𝘫𝘶𝘢𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘳𝘦𝘯𝘵𝘢 𝘥𝘪𝘢𝘴 𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘳𝘦𝘯𝘵𝘢 𝘯𝘰𝘪𝘵𝘦𝘴, 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘵𝘦𝘷𝘦 𝘧𝘰𝘮𝘦; 𝘌, 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘢𝘯𝘥𝘰-𝘴𝘦 𝘢 𝘦𝘭𝘦 𝘰 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘥𝘰𝘳, 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦: 𝘚𝘦 𝘵𝘶 𝘦́𝘴 𝘰 𝘍𝘪𝘭𝘩𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘮𝘢𝘯𝘥𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘴 𝘱𝘦𝘥𝘳𝘢𝘴 𝘴𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘦𝘮 𝘦𝘮 𝘱𝘢̃𝘦𝘴. 𝘌𝘭𝘦, 𝘱𝘰𝘳𝘦́𝘮, 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘰𝘯𝘥𝘦𝘯𝘥𝘰, 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦: 𝘌𝘴𝘵𝘢́ 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰: 𝘕𝘦𝘮 𝘴𝘰́ 𝘥𝘦 𝘱𝘢̃𝘰 𝘷𝘪𝘷𝘦𝘳𝘢́ 𝘰 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘮, 𝘮𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢 𝘢 𝘱𝘢𝘭𝘢𝘷𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘢𝘪 𝘥𝘢 𝘣𝘰𝘤𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴.
𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰 𝘰 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘱𝘰𝘳𝘵𝘰𝘶 𝘢̀ 𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘴𝘢𝘯𝘵𝘢, 𝘦 𝘤𝘰𝘭𝘰𝘤𝘰𝘶-𝘰 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘰 𝘱𝘪𝘯𝘢́𝘤𝘶𝘭𝘰 𝘥𝘰 𝘵𝘦𝘮𝘱𝘭𝘰, 𝘌 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦-𝘭𝘩𝘦: 𝘚𝘦 𝘵𝘶 𝘦́𝘴 𝘰 𝘍𝘪𝘭𝘩𝘰 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘭𝘢𝘯𝘤̧𝘢-𝘵𝘦 𝘥𝘦 𝘢𝘲𝘶𝘪 𝘢𝘣𝘢𝘪𝘹𝘰; 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰: 𝘘𝘶𝘦 𝘢𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘯𝘫𝘰𝘴 𝘥𝘢𝘳𝘢́ 𝘰𝘳𝘥𝘦𝘯𝘴 𝘢 𝘵𝘦𝘶 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘦𝘪𝘵𝘰, 𝘌 𝘵𝘰𝘮𝘢𝘳-𝘵𝘦-𝘢̃𝘰 𝘯𝘢𝘴 𝘮𝘢̃𝘰𝘴, 𝘗𝘢𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘯𝘶𝘯𝘤𝘢 𝘵𝘳𝘰𝘱𝘦𝘤𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘵𝘦𝘶 𝘱𝘦́ 𝘦𝘮 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘱𝘦𝘥𝘳𝘢. 𝘋𝘪𝘴𝘴𝘦-𝘭𝘩𝘦 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴: 𝘛𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰: 𝘕𝘢̃𝘰 𝘵𝘦𝘯𝘵𝘢𝘳𝘢́𝘴 𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳 𝘵𝘦𝘶 𝘋𝘦𝘶𝘴.
𝘕𝘰𝘷𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘰 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘱𝘰𝘳𝘵𝘰𝘶 𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰 𝘢 𝘶𝘮 𝘮𝘰𝘯𝘵𝘦 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘢𝘭𝘵𝘰; 𝘦 𝘮𝘰𝘴𝘵𝘳𝘰𝘶-𝘭𝘩𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘳𝘦𝘪𝘯𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰, 𝘦 𝘢 𝘨𝘭𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘦𝘭𝘦𝘴. 𝘌 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦-𝘭𝘩𝘦: 𝘛𝘶𝘥𝘰 𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘵𝘦 𝘥𝘢𝘳𝘦𝘪 𝘴𝘦, 𝘱𝘳𝘰𝘴𝘵𝘳𝘢𝘥𝘰, 𝘮𝘦 𝘢𝘥𝘰𝘳𝘢𝘳𝘦𝘴. 𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦-𝘭𝘩𝘦 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴: 𝘝𝘢𝘪-𝘵𝘦, 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴, 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰: 𝘈𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳 𝘵𝘦𝘶 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘥𝘰𝘳𝘢𝘳𝘢́𝘴, 𝘦 𝘴𝘰́ 𝘢 𝘦𝘭𝘦 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘳𝘢́𝘴. 𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘰 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰 𝘰 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘰𝘶; 𝘦, 𝘦𝘪𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘰𝘴 𝘢𝘯𝘫𝘰𝘴, 𝘦 𝘰 𝘴𝘦𝘳𝘷𝘪𝘢𝘮." (𝗠𝗮𝘁𝗲𝘂𝘀 𝟰:𝟭-𝟭𝟭)

"𝘖 𝘥𝘪𝘢𝘣𝘰, 𝘷𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘢𝘥𝘷𝘦𝘳𝘴𝘢́𝘳𝘪𝘰, 𝘢𝘯𝘥𝘢 𝘦𝘮 𝘥𝘦𝘳𝘳𝘦𝘥𝘰𝘳, 𝘣𝘳𝘢𝘮𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘶𝘮 𝘭𝘦𝘢̃𝘰, 𝘣𝘶𝘴𝘤𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘢 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘱𝘰𝘴𝘴𝘢 𝘵𝘳𝘢𝘨𝘢𝘳." (𝟭 𝗣𝗲𝗱𝗿𝗼 𝟱:𝟴)

"𝘌 𝘩𝘰𝘶𝘷𝘦 𝘣𝘢𝘵𝘢𝘭𝘩𝘢 𝘯𝘰 𝘤𝘦́𝘶: 𝘔𝘪𝘨𝘶𝘦𝘭 𝘦 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘯𝘫𝘰𝘴 𝘣𝘢𝘵𝘢𝘭𝘩𝘢𝘷𝘢𝘮 𝘤𝘰𝘯𝘵𝘳𝘢 𝘰 𝘥𝘳𝘢𝘨𝘢̃𝘰, 𝘦 𝘰 𝘥𝘳𝘢𝘨𝘢̃𝘰 𝘦 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘯𝘫𝘰𝘴 𝘣𝘢𝘵𝘢𝘭𝘩𝘢𝘷𝘢𝘮, 𝘮𝘢𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘳𝘦𝘷𝘢𝘭𝘦𝘤𝘦𝘳𝘢𝘮, 𝘯𝘦𝘮 𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘭𝘶𝘨𝘢𝘳 𝘴𝘦 𝘢𝘤𝘩𝘰𝘶 𝘯𝘰 𝘤𝘦́𝘶. 𝘌 𝘧𝘰𝘪 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘱𝘪𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘰 𝘨𝘳𝘢𝘯𝘥𝘦 𝘥𝘳𝘢𝘨𝘢̃𝘰, 𝘢 𝘢𝘯𝘵𝘪𝘨𝘢 𝘴𝘦𝘳𝘱𝘦𝘯𝘵𝘦, 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢𝘥𝘢 𝘰 𝘋𝘪𝘢𝘣𝘰 𝘦 𝘚𝘢𝘵𝘢𝘯𝘢́𝘴, 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘯𝘨𝘢𝘯𝘢 𝘵𝘰𝘥𝘰 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰; 𝘦𝘭𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘱𝘪𝘵𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢, 𝘦 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘯𝘫𝘰𝘴 𝘧𝘰𝘳𝘢𝘮 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘱𝘪𝘵𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘤𝘰𝘮 𝘦𝘭𝘦." (𝗔𝗽𝗼𝗰𝗮𝗹𝗶𝗽𝘀𝗲 𝟭𝟮:𝟳-𝟵)

Enfim, a conclusão das Escrituras que foram inspiradas por Deus nos mostra algo totalmente diferente desta interpretação alternativa dos céticos e dos críticos. E acrescentando o que defendo com base nas Escrituras de que Satanás foi criado mau, nunca teve um período como anjo bom que caiu do céu, os religiosos podem interpretar esta passagem como sendo a queda de Ha Satan, mas como entender isto? Bem, este texto é altamente simbólico, e sabemos que Apocalipse usa uma linguagem rica em metáforas e símbolos para transmitir suas mensagens. A guerra no céu (Apocalipse 12:7-9) e a figura do dragão são representações simbólicas das forças do bem e do mal. Que fique mais claro, vou separar as figuras e o contexto apocalíptico.

𝗢 𝗗𝗿𝗮𝗴𝗮̃𝗼: Simboliza as forças do mal e da oposição a Deus. Sua natureza como "a antiga serpente" e "Satanás" pode ser vista como uma representação dos poderes malignos presentes desde a criação, sem implicar uma queda literal.

𝗚𝘂𝗲𝗿𝗿𝗮 𝗻𝗼 𝗖𝗲́𝘂: É um conflito simbólico representando a luta entre o bem (Miguel e seus anjos) e o mal (dragão e seus anjos).

𝗘𝘀𝘁𝗶𝗹𝗼 𝗟𝗶𝘁𝗲𝗿𝗮́𝗿𝗶𝗼: Apocalipse é conhecido por seu uso de linguagem apocalíptica e imagética para transmitir verdades espirituais profundas. As batalhas e personagens podem ser vistas mais como símbolos e menos como eventos históricos.

Assim, o dragão representa as forças do mal que foram e sempre serão contrárias a Deus, sem a necessidade de uma queda literal. Podemos dizer sim que é Satanás como o texto afirma, mas mesmo assim não implicaria em uma queda, essa é a questão, pois este texto de Apocalipse sequer trata da natureza original de Satan, mas enfatiza a derrota e expulsão de Satanás, sem tratar de que era um anjo bom e se rebelou. "Eblēthē" (ἐβλήθη), que significa "foi precipitado" ou "foi lançado", este verbo implica uma ação decisiva e intencional que denota a derrota das forças malignas que são inerentemente más. E querendo conectar com as passagens que já foram abordadas em outros textos, pode se referir sim aos anjos caídos, que sabemos que se tornaram demônios, mas não ao ser Satanás.
Isso foi uma explicação bônus que só você que lê até o final pode estar sendo agraciado, mas aos preguiçosos, já deveriam saber que este não é o seu local.

“A maior astúcia do Diabo é convencer-nos de que ele não existe"

𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼

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