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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Refutando bobices dos ateístas 33

Refutando bobices dos ateístas 33



Êxodo 20:13: > "Não matarás."
Êxodo 32:27-28: > "E ele lhes disse: 'Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Cada homem prenda a espada ao lado. Passem pelo acampamento de um lado para outro, de porta em porta, e cada um mate seu irmão, seu amigo e seu vizinho'. Os levitas fizeram conforme Moisés ordenou, e naquele dia morreram cerca de três mil do povo."

Contexto Histórico e Cultural
A ordem de Deus para Moisés matar os adoradores do bezerro de ouro deve ser entendida no contexto da aliança entre Deus e Israel. A adoração do bezerro de ouro foi uma violação grave dessa aliança, e a punição foi uma medida para preservar a pureza e a fidelidade do povo de Israel a Deus.
Diferença entre Assassinato e Execução Divina
Os versículos de Êxodo 32:27-28 descrevem a execução de cerca de três mil homens por causa da adoração ao bezerro de ouro. Após o incidente em que os israelitas fizeram e adoraram um bezerro de ouro enquanto Moisés estava no Monte Sinai, Deus instruiu Moisés a tomar medidas drásticas para punir aqueles que participaram da idolatria e restaurar a ordem entre o povo.
O mandamento "Não matarás" (Exod. 20:13) refere-se ao assassinato, que é a matança injusta e premeditada de uma pessoa. A execução dos adoradores do bezerro de ouro foi uma ordem divina específica e não se enquadra na definição de assassinato. A palavra hebraica usada no mandamento é "רָצַח" (ratsakh), que se refere ao assassinato ilegal, não à execução judicial ou divina.
LXX (Septuaginta): "οὐ φονεύσεις" (Exod. 20:15 LXT) traduzido como "Não matarás".
BHS (Biblia Hebraica Stuttgartensia): "לֹ֥֖א תִּרְצָֽ֖ח׃ ס" (Exod. 20:13 BHS) também traduzido como "Não matarás".

A interpretação do termo "רָצַח" (ratsakh) no Judaísmo
No judaísmo, "ratsakh" é geralmente entendido como "assassinato" e não como "matar" em um sentido mais amplo. Isso significa que o mandamento proíbe o assassinato premeditado e injusto, mas permite a matança em contextos específicos, como a legítima defesa, a guerra justa e a execução judicial de criminosos condenados.
Interpretação Talmúdica de "Ratsakh". No Talmude, a interpretação de "ratsakh" é detalhada e abrange várias situações. O Talmude Babilônico, em Sanhedrin 57a, discute a proibição de assassinato e distingue entre assassinato premeditado e outras formas de matar. A Mishná, em Sanhedrin 9:1, também aborda as diferentes categorias de homicídio e as respectivas punições.
Comentários Judaicos. Rashi, um dos comentaristas mais influentes da Torá, explica que "ratsakh" se refere especificamente ao assassinato injusto. Ele destaca que o mandamento não proíbe a matança em contextos de guerra justa ou execução judicial, mas sim o assassinato premeditado e injusto.
Maimônides, em seu Mishneh Torá, Hilchot Rotzeach uShmirat Nefesh (Laws of Murderers and the Preservation of Life), detalha as leis relacionadas ao assassinato e distingue entre assassinato premeditado, homicídio culposo e legítima defesa. Ele enfatiza que a Torá proíbe o assassinato injusto, mas permite a matança em legítima defesa e em execuções judiciais.
Ibn Ezra aborda "רָצַח" como incluindo ações que levam à morte de alguém de forma injusta.
O Talmud de Jerusalém também aborda a questão do assassinato e distingue entre diferentes tipos de homicídio. Em Yerushalmi Sanhedrin 4:9, há uma discussão sobre as circunstâncias em que a matança é permitida, como em casos de legítima defesa e guerra justa.

Assassinarás ou matarás?
Análise Hebraica. Verbo "רָצַח" (ratsakh).
Qal Imperfeito: תִּרְצָח (tirtsach) – "você assassinará".
Forma primária: Usado para descrever o assassinato premeditado e ilegal.
Distinção: Não abrange todas as formas de matar, mas especificamente o assassinato injusto.
Referências Lexicais. Holladay, Hebrew and Aramaic Lexicon of the OT: Implica que "רָצַח" se refere a matar de forma premeditada ou acidental, com uma ênfase particular no assassinato injusto.
A combinação de ambos aspectos mostra que o termo cobre a intencionalidade.
Tradução grega. Verbo φονεύω (phoneuo).
Indicativo Futuro Ativo: φονεύσεις (phoneuseis) – "você assassinará".
Friberg, Gingrich e Danker: Consistem em definir "phoneuo" como cometer assassinato, matar de forma ilegal.
Conclusão. Gramaticalmente, "רָצַח" (ratsakh) é melhor traduzido como "assassinarás" devido ao seu uso específico para descrever homicídios premeditados e ilegais, diferentemente de termos mais gerais para matar, como "הָרַג" (harag). A tradução grega e os comentários judaicos corroboram essa interpretação, enfatizando a intencionalidade e injustiça do ato, o que valida a tradução como "assassinarás" em vez de "matarás".

Conclusão final
A tradução precisa de "רָצַח" (ratsakh) como "assassinarás" é fundamental para clarificar que o mandamento bíblico em Êxodo 20:13 proíbe especificamente o assassinato premeditado e injusto, em vez de toda forma de matar. No contexto das narrativas bíblicas e da lei judaica, existe uma distinção clara entre assassinato (um ato moralmente errado e ilegal) e a execução de justiça divina (autorizada por Deus como resposta a violações graves da aliança).
As ações de Moisés, ao seguir a ordem divina para punir os adoradores do bezerro de ouro, não constituem um ato de assassinato injusto, mas sim uma execução específica de justiça divina. Essa distinção é apoiada por comentários judaicos de Rashi, Ibn Ezra e Maimônides, que reforçam que "רָצַח" se refere ao assassinato injusto. Portanto, a alegação ateísta de que há uma contradição entre o mandamento "Não matarás" e a ordem de Deus para Moisés se baseia em uma confusão entre "matar" e "assassinar". Além de que, desconsideram a questão de que a Lei é para os humanos, e não para Deus!
Ao entender que o mandamento proíbe o assassinato injusto e que as execuções ordenadas por Deus são vistas como atos de justiça, podemos refutar a alegação de contradição e mostrar que há uma distinção clara entre assassinato e execuções divinas autorizadas. Isso resolve a questão levantada pela imagem ateísta, demonstrando que não há inconsistência, mas sim uma aplicação específica e contextual (que obviamente desconsideram) do mandamento bíblico.

⁴ Friberg, Gingrich e Danker são autores de léxicos e dicionários que fornecem análises detalhadas de palavras e termos bíblicos em hebraico e grego. 

quinta-feira, 26 de junho de 2025

A questão que trava os pós-tribulacionistas?

 A questão que trava os pós-tribulacionistas?




O argumento central do pastor Juliano Fraga é:

Se, segundo a visão pós-tribulacionista, o arrebatamento acontece junto com a segunda vinda de Cristo, e nesse evento todos os salvos recebem corpos glorificados e “estão para sempre com o Senhor” (1Ts 4), então, por que Mateus 25 fala de uma separação de “bodes e ovelhas” na terra após a vinda em glória?

Ou seja: quem são essas “ovelhas” e “bodes” se todos os salvos já teriam sido arrebatados e glorificados? Ele reforça: se todos os justos foram arrebatados e glorificados, como pode haver salvos em corpos físicos na terra para entrar no milênio?

Resumindo a “pergunta-trava” do pré-tribulacionista: se no pós-tribulacionismo todos os justos são arrebatados no retorno de Cristo, quem são as “ovelhas” separadas dos “bodes” em Mateus 25? Como pode haver salvos em corpos naturais entrando no milênio?

(Pergunta feita no debate intitulado: "A igreja passará pela grande tribulação? Pr. Sezar Cavalcante X Pr. Juliano Fraga - 29.03.23", canal Sezar Cavalcante.)


A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS E O JULGAMENTO DAS NAÇÕES EM MATEUS 25 NÃO ENSINAM UM ARREBATAMENTO SECRETO PRÉ-TRIBULACIONAL


A análise cuidadosa do texto grego de Mateus 25 e seu aparato crítico nos leva a rejeitar de forma fundamentada a leitura pré-tribulacionista que defende um arrebatamento secreto da Igreja (pessoas) antes da grande tribulação.

Primeiramente, é necessário observar que o capítulo 25 está inserido no contexto do chamado “Sermão Escatológico” (Mateus 24–25), onde Jesus responde aos discípulos sobre “o sinal da tua vinda (παρουσία) e do fim do século” (24:3). Em nenhum momento do discurso há uma separação clara entre duas vindas de Cristo, ou uma distinção entre uma vinda secreta para os santos e outra pública para juízo.

Tema e Literatura

O texto grego de Mateus 25:1 inicia a famosa parábola das dez virgens:

Τότε ὁμοιωθήσεται ἡ βασιλεία τῶν οὐρανῶν δέκα παρθένoις...

A expressão “Τότε” (Então) indica continuidade direta com o discurso anterior. Não há ruptura temporal ou doutrinária entre o alerta da vigilância em 24:42–51 e as parábolas seguintes. Ao contrário: o próprio aparato crítico (ver NA28, apparatus ad loc.) mostra que variações como a menção da “noiva” (νύμφη) são provavelmente interpolações secundárias, como bem observa a Comissão do TC (Textual Commentary)[1]: a ausência da noiva no texto original reforça a intenção do autor de centralizar o foco no “noivo” (νυμφίος), símbolo claro de Cristo. Isso evidencia que a parábola não pode ser lida de maneira alegórica como um “arrebatamento secreto” da Igreja-noiva antes do juízo, pois a figura do noivo só aparece publicamente, num evento coletivo.

Impossibilidade de Duas Vindas Separadas

O desenvolvimento da narrativa mostra que tanto as virgens prudentes quanto as néscias estavam juntas, esperando pelo noivo, e só são separadas no momento da chegada pública do noivo – à meia-noite, “μέσης δὲ νυκτὸς κραυγὴ γέγονεν· ἰδοὺ ὁ νυμφίος ἔρχεται...” (25:6). Não há, no texto, espaço para uma vinda secreta anterior: todas são surpreendidas e a separação ocorre diante de todos.

Note que os aparatos críticos confirmam a autenticidade desse quadro: as variantes na expressão “ἐξέρχεσθε εἰς ἀπάντησιν αὐτοῦ” (saí para encontrá-lo) não alteram o sentido central de um encontro aberto, público, que ecoa a mesma linguagem de 1 Tessalonicenses 4:17 – texto que, aliás, fala de encontro “nos ares” como uma comitiva recebendo o Rei, não de um rapto secreto[2].

O Grande Juízo Final: Público, Único e Global

Após as parábolas, Jesus descreve o juízo das nações (25:31–46), evento claramente escatológico e universal. O texto grego é enfático:

Ὅταν δὲ ἔλθῃ ὁ υἱὸς τοῦ ἀνθρώπου ἐν τῇ δόξῃ αὐτοῦ... καὶ συναχθήσονται ἔμπροσθεν αὐτοῦ πάντα τὰ ἔθνη...

Não há espaço para interpretações individualistas ou segmentadas: o Filho do Homem vem “em sua glória”, e todas as nações (πάντα τὰ ἔθνη) são reunidas diante dele. O verbo συναχθήσονται (serão reunidas) e a imagem do trono do juízo deixam claro que trata-se de uma manifestação pública, universal, simultânea e final, não uma etapa intermediária ou “invisível”[3].

O aparato crítico aqui reforça a integridade do texto; variantes menores (como presença/ausência de “αγιοι” – santos anjos) não alteram a força do argumento: o evento é único e global[4].

Separação e Destino Eterno: Imediato e Visível

O julgamento é apresentado como um processo imediato: os justos são colocados à direita, os injustos à esquerda. Não existe uma lacuna temporal, nem uma oportunidade extra para os “deixados para trás”, como requer o pré-tribulacionismo. O destino eterno é definido na presença do próprio Cristo, diante das nações, de maneira irrevogável:

“Καὶ ἀπελεύσονται οὗτοι εἰς κόλασιν αἰώνιον, οἱ δὲ δίκαιοι εἰς ζωὴν αἰώνιον.” (25:46)

Essa sentença escatológica não comporta fases, segundas chances, ou “voltas intermediárias” de Cristo. O próprio texto rejeita o dualismo do pré-tribulacionismo[5].


O Grego do Texto Desmonta o Pré-Tribulacionismo

A gramática e o vocabulário reforçam o argumento:

  • O uso consistente de “τότε” (então) liga todos os eventos como parte de uma única cronologia escatológica.

  • Os verbos de movimento e encontro (ἐξῆλθον, ἐξέρχεσθε, εἰσῆλθον, συναχθήσονται, στήσει) descrevem ação pública, visível, comunitária.

  • Não há qualquer suporte textual ou aparente para a hipótese de dois eventos distintos, nem nos manuscritos mais antigos e confiáveis[6].

Observação sobre Aparatos Críticos

O aparato mostra que certas variantes (como a possível inclusão da noiva, ou a adição de frases de advertência já presentes em 24:44) são explicadas por harmonizações eclesiásticas tardias, e não pelo texto original. O núcleo do texto sempre aponta para um evento escatológico singular, não fragmentado[7].

Conclusão

O texto de Mateus 25, tanto no grego original quanto nas melhores evidências manuscritas e nos estudos críticos recentes, não ensina um arrebatamento secreto pré-tribulacional. O movimento é público, o juízo é único, e o destino é imediato. A estrutura literária e a gramática do texto, associadas ao contexto do sermão escatológico, sustentam o entendimento de que Cristo virá uma única vez, em glória, para julgar vivos e mortos, separando os justos dos ímpios de maneira definitiva diante de todas as nações.

Não há base exegética ou textual para dividir esse evento em fases, nem para sustentar a doutrina do arrebatamento secreto como defendida pelo pré-tribulacionismo. A chamada, portanto, é para vigilância e fidelidade contínuas, sabendo que “não sabemos o dia nem a hora”, e que quando o Senhor vier, virá de modo manifesto, para todos. Amém!



Notas de rodapé

  1. Menção à noiva em Mateus 25:1: O aparato crítico (Tischendorf, NA28) e o Textual Commentary (Metzger, p. 53) indicam que a inclusão de "και της νύμφης" (“e a noiva”) é atestada apenas em algumas testemunhas e provavelmente resulta de tentativas posteriores de harmonização com usos e costumes judaicos. O texto mais antigo e forte omite a noiva, centrando-se somente no noivo.

  2. Público e natureza do encontro: Cf. apparatus de Tischendorf sobre “εξέρχεσθε εις απάντησιν αυτού” e NA28, que mostram a leitura estável e sua associação conceitual com 1Ts 4:17 (“εις απάντησιν του κυρίου”). O verbo grego aponta para uma recepção aberta do Rei, não um desaparecimento secreto da Igreja.

  3. Universalidade do juízo em Mateus 25:31-32: O aparato crítico confirma a expressão "πάντα τὰ ἔθνη" com forte atestação em a01 B03 D05 L019 e outros. As variações textuais são periféricas e não mudam a universalidade do evento descrito.

  4. Variante “santos anjos”: A expressão "πάντες οἱ ἄγγελοι μετ' αὐτοῦ" conta com apoio dos melhores manuscritos (a01 B03 D05 L019), sendo a omissão presente apenas em testemunhos secundários. Metzger (Textual Commentary, p. 53) destaca que tais diferenças não afetam a centralidade da cena do juízo final.

  5. Sentença escatológica única: O aparato de Tischendorf para 25:46 mostra uniformidade textual entre manuscritos, sem qualquer base para a ideia de julgamento em etapas separadas.

  6. Consistência literária do “τότε”: O uso reiterado de “τότε” (então) e da sequência de verbos de movimento é uma marca estilística em Mateus para indicar progresso narrativo linear e unitário (cf. análise de Matthew Black, “An Aramaic Approach to the Gospels and Acts”, e notas em NA28).

  7. Natureza secundária de certas variantes: O Textual Commentary de Metzger e o apparatus crítico demonstram que acréscimos como “e a noiva” ou advertências duplicadas são melhor explicados como interpolações tardias feitas por escribas preocupados em harmonizar detalhes ou reforçar lições morais já presentes em outros trechos.

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Morrendo, iremos direto para o céu ou somente depois do Juízo?

 𝗠𝗼𝗿𝗿𝗲𝗻𝗱𝗼, 𝗶𝗿𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗱𝗶𝗿𝗲𝘁𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗼 𝗰𝗲́𝘂 𝗼𝘂 𝘀𝗼𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗱𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀 𝗱𝗼 𝗝𝘂𝗶́𝘇𝗼?



   Você já ouviu nas pregações religiosas em seus cultos litúrgicos de que alguém morreu mas está na glória com o Senhor, talvez até você mesmo esteja até agora pensando que isso é uma realidade, mas não é isso que as Escrituras defende. Tratarei das passagens relevantes dentro das Escrituras, tentando me ater somente a essa questão, sem esbarrar na farsa pagã do inferno ou do conceito de alma, que a maioria dos cristãos creem de maneira errônea, afinal, o que esperar desta religião que foi inventada por Constantino? Mas terei que abordar em outro texto para este não ficar longo.


Eclesiastes 9:5-6: "𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘰𝘴 𝘷𝘪𝘷𝘰𝘴 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘩𝘢̃𝘰 𝘥𝘦 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳, 𝘮𝘢𝘴 𝘰𝘴 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘰𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘯𝘦𝘯𝘩𝘶𝘮𝘢, 𝘯𝘦𝘮 𝘵𝘢𝘮𝘱𝘰𝘶𝘤𝘰 𝘵𝘦̂𝘮 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘳𝘦𝘤𝘰𝘮𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢, 𝘮𝘢𝘴 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘮𝘦𝘮𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘧𝘪𝘤𝘰𝘶 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦𝘨𝘶𝘦 𝘢𝘰 𝘦𝘴𝘲𝘶𝘦𝘤𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰. 𝘛𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘢𝘮𝘰𝘳, 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘰́𝘥𝘪𝘰 𝘦 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘪𝘯𝘷𝘦𝘫𝘢 𝘫𝘢́ 𝘱𝘦𝘳𝘦𝘤𝘦𝘳𝘢𝘮; 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘦̂𝘮 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘦 𝘦𝘮 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦 𝘧𝘢𝘻 𝘥𝘦𝘣𝘢𝘪𝘹𝘰 𝘥𝘰 𝘴𝘰𝘭." 


    Esta passagem diz que os mortos não têm consciência, o que implica que estão mortos até a ressurreição. Se estivessem mesmo no céu ou no inferno, o escritor aqui deveria modificar a passagem. Até mesmo aqueles que seguiram Jesus em sua época sequer adentraram aos céus, pois a passagem diz: "𝘯𝘦𝘮 𝘵𝘢𝘮𝘱𝘰𝘶𝘤𝘰 𝘵𝘦̂𝘮 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘳𝘦𝘤𝘰𝘮𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢", que é a única coisa que Deus nos prometeu, a Vida Eterna. A recompensa prometida (vida eterna) não é imediatamente recebida após a morte, mas na ressurreição dos justos. Se ainda não estiver claro, quando adentrarmos ao livro de Hebreus ficará. Em João 5:28-29: "𝘕𝘢̃𝘰 𝘷𝘰𝘴 𝘮𝘢𝘳𝘢𝘷𝘪𝘭𝘩𝘦𝘪𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘰, 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘦𝘮 𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢̃𝘰 𝘯𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘱𝘶𝘭𝘤𝘳𝘰𝘴 𝘰𝘶𝘷𝘪𝘳𝘢̃𝘰 𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘷𝘰𝘻 𝘦 𝘴𝘢𝘪𝘳𝘢̃𝘰; 𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘰 𝘣𝘦𝘮, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘶𝘳𝘳𝘦𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢; 𝘦 𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘪𝘷𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘰 𝘮𝘢𝘭, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘶𝘳𝘳𝘦𝘪𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘥𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘥𝘦𝘯𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰." 

    Mesmo aqueles que seguiram Jesus não estão imediatamente no céu após a morte, mas aguardam a ressurreição.


1 Tessalonicenses 4:16-17: "𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳 𝘥𝘦𝘴𝘤𝘦𝘳𝘢́ 𝘥𝘰 𝘤𝘦́𝘶 𝘤𝘰𝘮 𝘨𝘳𝘢𝘯𝘥𝘦 𝘣𝘳𝘢𝘥𝘰, 𝘢̀ 𝘷𝘰𝘻 𝘥𝘰 𝘢𝘳𝘤𝘢𝘯𝘫𝘰, 𝘦 𝘢𝘰 𝘴𝘰𝘮 𝘥𝘢 𝘵𝘳𝘰𝘮𝘣𝘦𝘵𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘦 𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘦𝘮 𝘊𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘶𝘴𝘤𝘪𝘵𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘱𝘳𝘪𝘮𝘦𝘪𝘳𝘰." 


   Para ainda defender a Realidade de que não iremos direto para estes lugares, em Eclesiastes que menciona a morte de uma pessoa, ela não escreve sobre este destino imediato. Eclesiastes 12:7: 


"𝘌 𝘰 𝘱𝘰́ 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘦 𝘢̀ 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘰 𝘦𝘳𝘢, 𝘦 𝘰 𝘦𝘴𝘱𝘪́𝘳𝘪𝘵𝘰 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘦 𝘢 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘥𝘦𝘶." Aqui, a separação do corpo e do espírito é mencionada, mas não especifica um destino imediato de céu ou inferno para o espírito. Assim como nos outros livros das Escrituras, Eclesiastes não menciona esta entrada imediata, mas menciona outra coisa interessante no capítulo 3 versículo 19-20: "𝘗𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘶𝘤𝘦𝘥𝘦 𝘢𝘰𝘴 𝘧𝘪𝘭𝘩𝘰𝘴 𝘥𝘰𝘴 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘯𝘴, 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘴𝘶𝘤𝘦𝘥𝘦 𝘢𝘰𝘴 𝘢𝘯𝘪𝘮𝘢𝘪𝘴, 𝘦 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘴𝘶𝘤𝘦𝘥𝘦 𝘢 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢; 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦 𝘶𝘮, 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦 𝘰 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰, 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘵𝘦̂𝘮 𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘧𝘰̂𝘭𝘦𝘨𝘰, 𝘦 𝘢 𝘷𝘢𝘯𝘵𝘢𝘨𝘦𝘮 𝘥𝘰𝘴 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘯𝘴 𝘴𝘰𝘣𝘳𝘦 𝘰𝘴 𝘢𝘯𝘪𝘮𝘢𝘪𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘯𝘦𝘯𝘩𝘶𝘮𝘢, 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘦́ 𝘷𝘢𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦. 𝘛𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘷𝘢̃𝘰 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘶𝘮 𝘭𝘶𝘨𝘢𝘳; 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘧𝘰𝘳𝘢𝘮 𝘧𝘦𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘥𝘰 𝘱𝘰́, 𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘢𝘰 𝘱𝘰́." Será que quando os animais morrem deles saem algum espírito, ou alma, que sai vagando por aí e se encontra com Deus nos ares, ou morreu acabou? Nós não temos vantagem sobre os animais, porque morrendo o corpo também morre a alma, o espírito volta para O Pai conforme as Escrituras menciona. É somente na ressurreição é que iremos ser arrebatados corporalmente com a volta do espírito (fôlego de vida) a nosso corpo, claro que me refiro aqueles que estiverem mortos em Cristo primeiramente. A frase "𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘵𝘦̂𝘮 𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘧𝘰̂𝘭𝘦𝘨𝘰" indica que a vida é um dom temporário de Deus, e quando esse fôlego é retirado, todos compartilham o mesmo estado de morte. Não há distinção implícita de uma continuidade imediata da consciência ou de um destino espiritual diferente. A afirmação de que tanto humanos quanto animais "𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘢𝘰 𝘱𝘰́" sustenta a visão de que a morte representa a cessação da vida e o retorno aos elementos básicos. Esse conceito não implica a existência consciente em outra dimensão imediatamente após a morte, mas sim um estado de inatividade até um evento futuro de ressurreição.


  Pense bem, qual o sentido desta volta de Jesus se esta visão do destino imediato for Real? Se assim fosse, porque Jesus estaria com alguns no céu, e depois tivesse que arrebatar os seus aqui da Terra, Ele teria que devolver os espíritos daqueles que com Ele estavam, depois teria que os ressuscitar , para levar com Ele de novo aos céus? Que sentido isto faz? Se todos os salvos fossem imediatamente para o céu após a morte, a necessidade da ressurreição e do Juízo Final, descritos nas Escrituras, perderiam sentido. A segunda vinda de Cristo é descrita como um evento universal e coletivo, onde todos os crentes, vivos e mortos, são transformados juntos (1 Coríntios 15:51-52). Se já estivessem no céu, não faria sentido essa reunião e transformação corporal. Já que neste parágrafo citei 1 Coríntios, vamos ao texto:


"𝘖𝘶𝘤̧𝘢𝘮, 𝘦𝘶 𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘥𝘪𝘨𝘰 𝘶𝘮 𝘮𝘪𝘴𝘵𝘦́𝘳𝘪𝘰: 𝘯𝘦𝘮 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘥𝘰𝘳𝘮𝘪𝘳𝘦𝘮𝘰𝘴, 𝘮𝘢𝘴 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘳𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘥𝘰𝘴 — 𝘯𝘶𝘮 𝘮𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰, 𝘯𝘶𝘮 𝘢𝘣𝘳𝘪𝘳 𝘦 𝘧𝘦𝘤𝘩𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴, 𝘢𝘰 𝘴𝘰𝘮 𝘥𝘢 𝘶́𝘭𝘵𝘪𝘮𝘢 𝘵𝘳𝘰𝘮𝘣𝘦𝘵𝘢. 𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘢 𝘵𝘳𝘰𝘮𝘣𝘦𝘵𝘢 𝘴𝘰𝘢𝘳𝘢́, 𝘰𝘴 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘰𝘴 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘶𝘴𝘤𝘪𝘵𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘪𝘯𝘤𝘰𝘳𝘳𝘶𝘱𝘵𝘪́𝘷𝘦𝘪𝘴, 𝘦 𝘯𝘰́𝘴 𝘴𝘦𝘳𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘥𝘰𝘴."


   A passagem indica que a ressurreição dos mortos acontecerá "𝘯𝘶𝘮 𝘮𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰, 𝘯𝘶𝘮 𝘢𝘣𝘳𝘪𝘳 𝘦 𝘧𝘦𝘤𝘩𝘢𝘳 𝘥𝘦 𝘰𝘭𝘩𝘰𝘴", ao som da última trombeta. Isso é um evento futuro e coletivo, onde todos os mortos em Cristo serão ressuscitados ao mesmo tempo. "𝘖𝘴 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘰𝘴 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘶𝘴𝘤𝘪𝘵𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘪𝘯𝘤𝘰𝘳𝘳𝘶𝘱𝘵𝘪́𝘷𝘦𝘪𝘴, 𝘦 𝘯𝘰́𝘴 𝘴𝘦𝘳𝘦𝘮𝘰𝘴 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘥𝘰𝘴." Este trecho implica que os corpos ressuscitados serão transformados em corpos incorruptíveis e glorificados. Esta transformação é um aspecto essencial da ressurreição, onde tanto os mortos quanto os vivos (naquele momento) experimentarão uma mudança radical. A descrição do evento como um acontecimento único e global reforça a visão de que aqueles que creem em Jesus não vão imediatamente para o céu ou inferno após a morte, mas aguardam a ressurreição. Essa transformação é coletiva e instantânea para todos os fiéis, não um processo individual que ocorre logo após a morte. Mas, e o que Jesus dizia sobre o caso?


João 11:11-14: "𝘈𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘧𝘢𝘭𝘰𝘶; 𝘦 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦-𝘭𝘩𝘦𝘴: 𝘓𝘢́𝘻𝘢𝘳𝘰, 𝘰 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘢𝘮𝘪𝘨𝘰, 𝘥𝘰𝘳𝘮𝘦, 𝘮𝘢𝘴 𝘷𝘰𝘶 𝘥𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘵𝘢́-𝘭𝘰 𝘥𝘰 𝘴𝘰𝘯𝘰. 𝘋𝘪𝘴𝘴𝘦𝘳𝘢𝘮, 𝘱𝘰𝘪𝘴, 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘤𝘪́𝘱𝘶𝘭𝘰𝘴: 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳, 𝘴𝘦 𝘥𝘰𝘳𝘮𝘦, 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳𝘢́ 𝘣𝘰𝘮. 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴, 𝘱𝘰𝘳𝘦́𝘮, 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘷𝘢 𝘥𝘢 𝘴𝘶𝘢 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘦; 𝘮𝘢𝘴 𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘤𝘶𝘪𝘥𝘢𝘷𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘧𝘢𝘭𝘢𝘷𝘢 𝘥𝘰 𝘳𝘦𝘱𝘰𝘶𝘴𝘰 𝘥𝘰 𝘴𝘰𝘯𝘰. 𝘌𝘯𝘵𝘢̃𝘰 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦-𝘭𝘩𝘦𝘴 𝘤𝘭𝘢𝘳𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦: 𝘓𝘢́𝘻𝘢𝘳𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘰.


  Jesus utiliza a metáfora do sono para descrever a morte de Lázaro. Esta comparação sugere um estado de inconsciência e repouso até o momento da ressurreição. Conforme é lido em outros livros como em Eclesiastes como vimos. Se a alma fosse imediatamente consciente após a morte, Jesus poderia ter escolhido outra metáfora. Esta comparação reflete a visão de que a morte é um estado temporário de inatividade. Os discípulos inicialmente interpretam "dorme" como sono natural, indicando que a metáfora é compreensível como uma pausa na vida, não como uma continuação da consciência em outro estado. Quando Jesus esclarece que Lázaro está morto, ele reforça a ideia de que a morte é como um sono profundo, sem consciência. Os discípulos entenderam naquele momento o que Jesus quis dizer, mas hoje os religiosos não entendem mesmo estando escrito. Além do mais, o contexto da história de Lázaro sugere que a verdadeira vida após a morte é concedida através da ressurreição. Jesus não menciona que Lázaro estava em um estado de consciência em algum lugar específico, mas sim que estava "dormindo" e que Ele iria "despertá-lo". Este despertar é uma antecipação da ressurreição final. Ainda fazendo uma exegese dentro deste texto, a palavra chave aqui que buscam interpretar de outra forma, é κεκοίμηται (kekoimētai), esta palavra é o particípio perfeito passivo de "κοιμάω" (koimaō), que significa "dormir". O uso do perfeito passivo aqui indica uma ação completada com um efeito duradouro. Jesus está dizendo que Lázaro está em um estado de sono contínuo, implicando um descanso prolongado. Jesus utiliza a metáfora do sono (κεκοίμηται) para suavizar a realidade da morte, indicando que para Ele, a morte é apenas um estado temporário, como dormir. Não necessariamente é o sono como o Ocultista Lutero interpretava. 

 

   Se ainda essa concepção equivocada ainda parece sustentada, iremos para o livro de Hebreus, o livro que os religiosos costumam correr quando demonstramos que eles ainda praticam algumas coisas da Lei de Moisés em pleno tempo da Graça. 


Hebreus 9:27-28: "𝘌, 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘢𝘰𝘴 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘯𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘰𝘳𝘥𝘦𝘯𝘢𝘥𝘰 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘶𝘮𝘢 𝘴𝘰́ 𝘷𝘦𝘻, 𝘷𝘪𝘯𝘥𝘰, 𝘥𝘦𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘰, 𝘰 𝘫𝘶𝘪́𝘻𝘰, 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘊𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰, 𝘵𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘴𝘦 𝘰𝘧𝘦𝘳𝘦𝘤𝘪𝘥𝘰 𝘶𝘮𝘢 𝘷𝘦𝘻 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘵𝘪𝘳𝘢𝘳 𝘰𝘴 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰𝘴 𝘥𝘦 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰𝘴, 𝘢𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘦𝘳𝘢́ 𝘴𝘦𝘨𝘶𝘯𝘥𝘢 𝘷𝘦𝘻, 𝘴𝘦𝘮 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰, 𝘢𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘰 𝘢𝘨𝘶𝘢𝘳𝘥𝘢𝘮 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘴𝘢𝘭𝘷𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰."


  Esta passagem destaca que após a morte vem o juízo, não mencionando um destino imediato após a morte, mas enfatizando a vinda de Cristo para trazer salvação aos que o aguardam, implicando uma espera até este evento final. É claro que não enfatiza, pois sabiam que não teria essa suposta entrada imediata ao céus.


Hebreus 11:13: "𝘛𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘯𝘢 𝘧𝘦́, 𝘴𝘦𝘮 𝘵𝘦𝘳𝘦𝘮 𝘳𝘦𝘤𝘦𝘣𝘪𝘥𝘰 𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴; 𝘮𝘢𝘴, 𝘷𝘦𝘯𝘥𝘰-𝘢𝘴 𝘥𝘦 𝘭𝘰𝘯𝘨𝘦, 𝘤𝘳𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘯𝘦𝘭𝘢𝘴 𝘦 𝘢𝘣𝘳𝘢𝘤̧𝘢𝘯𝘥𝘰-𝘢𝘴, 𝘤𝘰𝘯𝘧𝘦𝘴𝘴𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘳𝘢𝘮 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘢𝘯𝘨𝘦𝘪𝘳𝘰𝘴 𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘦𝘨𝘳𝘪𝘯𝘰𝘴 𝘯𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢."


Os heróis da fé mencionados em Hebreus 11 morreram sem receber a promessa, o que sugere que a realização das promessas de Deus, incluindo a vida eterna, a pátria celestial como demonstra no verso 16 deste mesmo capítulo em um evento futuro. Ou seja, não estão no céu. 


Hebreus 11:39-40: "𝘌 𝘵𝘰𝘥𝘰𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘦𝘴, 𝘵𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘵𝘪𝘥𝘰 𝘵𝘦𝘴𝘵𝘦𝘮𝘶𝘯𝘩𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘧𝘦́, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘢𝘭𝘤𝘢𝘯𝘤̧𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘢 𝘱𝘳𝘰𝘮𝘦𝘴𝘴𝘢, 𝘱𝘳𝘰𝘷𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘢𝘭𝘨𝘶𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢 𝘮𝘦𝘭𝘩𝘰𝘳 𝘢 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘱𝘦𝘪𝘵𝘰, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘭𝘦𝘴, 𝘴𝘦𝘮 𝘯𝘰́𝘴, 𝘯𝘢̃𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦𝘮 𝘢𝘱𝘦𝘳𝘧𝘦𝘪𝘤̧𝘰𝘢𝘥𝘰𝘴."


  Esses Heróis da Fé, é listado no livro de Hebreus sendo Abel, Enoque, Noé, Abraão, Sara, Moisés e outros. Figuras do Antigo Testamento que demonstraram uma fé notável em Deus. O versículo 39 ressalta que esses heróis da fé, apesar de sua fidelidade e do testemunho que receberam, não alcançaram a promessa durante suas vidas. Isso sugere que a promessa de Deus (que inclui a vida eterna e a comunhão plena com Ele) é algo reservado para um tempo futuro, não imediatamente após a morte. No versículo 40, é dito que Deus proveu "alguma coisa melhor a nosso respeito". Isso implica que a realização das promessas de Deus inclui todos os fiéis, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento, e aponta para um evento futuro em que todos serão aperfeiçoados juntos. Simplificando, os heróis da fé do passado aguardam junto com os crentes do presente a plenitude das promessas divinas. 

   Os antigos sabiam que a alma não saía do corpo feito um fantasminha camarada, isso é outro paganismo que o Cristianismo adotou. Davi, o idolatrado do Cristianismo e Judaísmo, supostamente teria escrito o Salmo 146, ali escreve: "𝘚𝘢𝘪-𝘭𝘩𝘦 𝘰 𝘦𝘴𝘱𝘪́𝘳𝘪𝘵𝘰, 𝘷𝘰𝘭𝘵𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘵𝘦𝘳𝘳𝘢; 𝘯𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘮𝘦𝘴𝘮𝘰 𝘥𝘪𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘦𝘤𝘦𝘮 𝘰𝘴 𝘴𝘦𝘶𝘴 𝘱𝘦𝘯𝘴𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴." 


Sai-lhe o espírito (רוּחוֹ, rûach): A palavra "espírito" em hebraico é "rûach", que pode significar "vento", "fôlego" ou "espírito". Neste contexto, refere-se ao fôlego de vida que Deus dá a cada ser vivo.


Volta para a terra: Esta frase ecoa Gênesis 3:19, onde Deus diz a Adão: "Porque és pó e ao pó tornarás." Isso sugere que, na morte, o corpo físico retorna ao pó, de onde foi formado. A expressão "perecem os seus pensamentos" indica que, com a morte, cessam todas as atividades mentais e conscientes. 


   A análise das passagens bíblicas e das exegeses hebraica e grega demonstra que a alma é mortal e que não há um destino imediato para o céu ou inferno após a morte. Em vez disso, nas Escrituras é apoiada a visão de uma espera na morte até a ressurreição e o julgamento final. Este entendimento desafia a crença tradicional na imortalidade da alma e sublinha a importância da ressurreição futura como evento central na esperança dos seguidores de Cristo. Os religiosos se preocupam em explicar as coisas com essa tal imortalidade, até mesmo quando vão consolar alguém dizendo: "Não fique assim, ele está com Deus agora, não está sofrendo nesta Terra." Parece bonitinho e fofinho a priori, mas, quando temos o entendimento de que aquilo que estamos dizendo é uma concepção subversiva promovida por religiosismos e incutida no inconsciente coletivo, que é acreditada e/ou repetida por aqueles que nunca se dispuseram a ler as Escrituras Sagradas, vemos o quanto estamos errados e damos falsas esperanças para alguém de luto, deixando de lado completamente a esperança da ressurreição, que é o importante, e não de uma alma penada que sai do corpo. Por isso o apóstolo Shaul (Paulo) diz: "𝘌 𝘱𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘯𝘰́𝘴 𝘵𝘢𝘮𝘣𝘦́𝘮 𝘢 𝘵𝘰𝘥𝘢 𝘩𝘰𝘳𝘢 𝘦𝘮 𝘱𝘦𝘳𝘪𝘨𝘰? 𝘌𝘶 𝘷𝘰𝘴 𝘢𝘧𝘪𝘳𝘮𝘰, 𝘪𝘳𝘮𝘢̃𝘰𝘴, 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘨𝘭𝘰́𝘳𝘪𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘰 𝘦𝘮 𝘷𝘰́𝘴 𝘦𝘮 𝘊𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘑𝘦𝘴𝘶𝘴 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘰 𝘚𝘦𝘯𝘩𝘰𝘳, 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘰 𝘤𝘢𝘥𝘢 𝘥𝘪𝘢. 𝘚𝘦, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘮, 𝘭𝘶𝘵𝘦𝘪 𝘦𝘮 𝘌́𝘧𝘦𝘴𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘧𝘦𝘳𝘢𝘴, 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘢𝘱𝘳𝘰𝘷𝘦𝘪𝘵𝘢 𝘪𝘴𝘴𝘰, 𝘴𝘦 𝘰𝘴 𝘮𝘰𝘳𝘵𝘰𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘶𝘴𝘤𝘪𝘵𝘢𝘮? 𝘊𝘰𝘮𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘦 𝘣𝘦𝘣𝘢𝘮𝘰𝘴, 𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘢𝘮𝘢𝘯𝘩𝘢̃ 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳𝘦𝘮𝘰𝘴." Paulo menciona suas lutas em Éfeso como um exemplo de seus sofrimentos e perigos enfrentados por causa do evangelho. Ele questiona o valor dessas lutas se não houver ressurreição. A frase "𝘊𝘰𝘮𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘦 𝘣𝘦𝘣𝘢𝘮𝘰𝘴, 𝘱𝘰𝘳𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘮𝘢𝘯𝘩𝘢̃ 𝘮𝘰𝘳𝘳𝘦𝘳𝘦𝘮𝘰s" é uma citação de uma mentalidade hedonista que Paulo usa para argumentar contra a ideia de que a vida termina com a morte. Se não houvesse ressurreição, não haveria razão para viver uma vida sacrificada e dedicada à fé em Cristo. É vã e fútil a vida se não há ressurreição, sem isto, tudo perderia sentido. E esses religiosos perdendo tempo com imortalidade da alma. Para Paulo, a ressurreição é central para a fé. Sem ela, a pregação e a fé seriam vãs (1 Coríntios 15:14).


"𝘌, 𝘴𝘦 𝘊𝘳𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘶𝘴𝘤𝘪𝘵𝘰𝘶, 𝘦́ 𝘷𝘢̃ 𝘢 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢 𝘱𝘳𝘦𝘨𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰, 𝘦 𝘷𝘢̃, 𝘢 𝘷𝘰𝘴𝘴𝘢 𝘧𝘦́."


   Paulo afirma que a ressurreição de Cristo é central para a fé. Se Cristo não ressuscitou, então a pregação apostólica e a fé dos crentes são inúteis. Isso implica que a esperança está firmemente ancorada na ressurreição e não em uma existência imediata após a morte. Se a ressurreição não aconteceu, a mensagem pregada pelos apóstolos não tem valor. Sem a ressurreição futura, a vida após a morte seria inexistente, já que a alma não é imortal por natureza. A alma não continua a existir de forma consciente sem a intervenção divina na ressurreição. Lembrando que a alma não é um espírito, uma substância, algo como os fantasmas. Sem a ressurreição, a pregação e a fé seriam inúteis, a nossa esperança não reside em uma alma imortal, mas na promessa de ressurreição e vida eterna através de Cristo.

   

   E como fica o Juízo? Se está no título vamos abordar ela agora, e que é mais simples visto as explicações acima. Ao morrer, a pessoa entra em um estado de inconsciência total, frequentemente descrito como "dormir" nas Escrituras (por exemplo, João 11:11-14). Nesse estado, não há consciência, atividade mental ou existência em um outro plano. Os mortos permanecem nesse estado de "sono" até o evento da ressurreição. Conforme 1 Tessalonicenses 4:13-17 e 1 Coríntios 15:51-52, a ressurreição ocorrerá no retorno de Cristo, quando os mortos em Cristo ressuscitarão e os crentes vivos serão transformados. Na ressurreição, os mortos em Cristo ressuscitam primeiro, recebendo corpos glorificados e incorruptíveis (1 Coríntios 15:42-44). Aqueles que estão vivos na vinda de Cristo também serão transformados instantaneamente. Após a ressurreição, ocorre o Juízo Final, onde todos são julgados por suas obras. Apocalipse 20:11-15 descreve este evento em que os mortos, grandes e pequenos, são ressuscitados e julgados diante do grande trono branco. Os que não são encontrados no Livro da Vida são lançados no lago de fogo, que é a segunda morte. Esses ímpios não sofrerão tormento eterno, mas serão destruídos ou aniquilados completamente, cessando de existir (Apocalipse 20:14-15). Os justos, aqueles encontrados no Livro da Vida, herdarão a vida eterna e a nova criação de Deus, vivendo eternamente na presença de Deus (Apocalipse 21:1-4). 

   Em uma versão simplificada, fica assim: 1. Morte -> 2. Estado de Inconsciência ("Sono") -> 3. Ressurreição -> 4. Juízo Final -> 5. Vida Eterna ou Aniquilação.

    Prefiro simplificar, pois, a religião já complicou muito sobre este assunto, incutindo também o pré-tribulacionismo, (interpretação escatológica do cristianismo que afirma que o arrebatamento da Igreja ocorrerá antes do período de tribulação.) imortalidade da alma (crença de que a alma humana continua a existir consciente e eternamente após a morte física), inferno como um lugar de fogo, e conceito sobre milenismo. Enfim, mas esta é mais uma defesa da fé em formato de texto, que lendo ela toda vemos quem está consciente no cenário e defende a Verdade e a mentira.


𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼