quarta-feira, 18 de junho de 2025

Refutando bobices dos ateístas 32

 𝗥𝗲𝗳𝘂𝘁𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗯𝗼𝗯𝗶𝗰𝗲𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗮𝘁𝗲𝗶́𝘀𝘁𝗮𝘀 𝟯𝟮


 

    A carta de 1 Pedro foi escrita em um tempo em que a escravidão era uma parte comum da sociedade romana. As instruções dadas eram para ajudar os seguidores de Cristo a viverem de maneira piedosa dentro das estruturas sociais existentes, não necessariamente uma aprovação das mesmas. Muitas das cartas do Novo Testamento oferecem conselhos práticos sobre como viver a fé nas situações desafiadoras da época. Seria a mesma coisa de como viver no sistema capitalista onde vivemos, mas sem que concordemos com a riqueza na mão de poucos, e a falta dela, a pobreza, no bolso de muitos. Como lidar com isso? 

     O ensino sobre a igualdade e o valor intrínseco de cada pessoa (Gálatas 3:28) eventualmente contribuiu para o movimento abolicionista. A mensagem geral promove a dignidade humana e a igualdade, algo que, ao longo do tempo, ajudou a transformar as visões sobre a escravidão.

     Em 1 Pedro 2:18-25, Pedro fala da submissão em termos de seguir o exemplo de Cristo, que sofreu injustamente e com paciência. A submissão, nesse contexto, não é uma endossação de injustiça, mas uma maneira de testemunhar a fé e a justiça de Deus, mesmo em situações difíceis. A Escritura contém ensinamentos que refletem as realidades culturais de sua época, mas também princípios eternos. A leitura crítica e contextualizada permite que os que creem extraiam sabedoria e orientação para viver de forma ética e justa nos contextos atuais.

    A vida, na Realidade, é escravidão moderna. Eu mesmo, trabalho em certa empresa onde o patrão vive xingando os funcionários e humilha-os, inclusive a mim, na frente dos outros. Se alguém escreve destinado aos meus colegas de trabalho, como se portar, naquele ambiente que algumas vezes se transforma em 𝘰𝘶𝘵𝘥𝘰𝘰𝘳 de humilhação para rico ver, significa que essa pessoa concorde com as ações desse imbecil? Se ela concordasse, estaria comprando o que ela fornece, ou continuaria a humilhação por carta. 

        

     Os mestres na época greco-romana tinham autoridade extensa sobre os escravos, e que os escravos frequentemente sofriam abusos. A instrução de Pedro para que os escravos fossem submissos, mesmo aos mestres perversos, deve ser entendida dentro deste contexto histórico, onde a subversão direta não era uma opção realista.

    Uma coisa interessante, é que o termo grego "οἰκέτης" (oiketes), se refere a um servo doméstico, que seria um escravo. Isso sugere que Pedro estava falando especificamente sobre escravos que viviam e trabalhavam dentro das casas de seus mestres, muitas vezes em condições próximas e pessoais.

     Na Vulgata, há uma variante textual interessante onde a palavra "subditi" é seguida pela expressão "estote" em alguns manuscritos. Esta adição enfatiza ainda mais a instrução de submissão aos mestres, reforçando a ordem dada.

 

   1 Pedro 2:18 deve ser entendido no contexto histórico e cultural em que foi escrito. Durante a época greco-romana, os mestres tinham autoridade extensa sobre os escravos, e muitos eram maltratados. Pedro exorta os escravos a serem submissos, mesmo aos mestres perversos, para viverem de acordo com os princípios de humildade e paciência, seguindo o exemplo de Cristo. A submissão aqui não é uma aprovação da injustiça, mas uma forma de demonstrar a fé e a justiça de Deus em meio às adversidades. O termo grego 'οἰκέτης' usado no texto refere-se a um servo doméstico, destacando a proximidade e a complexidade das relações entre mestres e escravos. Variantes textuais indicam diferentes nuances na submissão com respeito e reverência, destacando a importância da atitude correta diante de Deus. Com o tempo, os ensinamentos sobre igualdade e dignidade humana contribuíram para a abolição da escravidão.


𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼

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