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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Reflexões sobre Alma, Espírito e Vida Eterna: Um Debate sobre as Escrituras no Instagram

 Reflexões sobre Alma, Espírito e Vida Eterna: Um Debate sobre as Escrituras no Instagram





   Nos debates sobre assuntos espirituais, um dos pontos mais controversos tem sido a natureza da alma humana e sua relação com a vida eterna prometida por Deus. Esse texto surgiu a partir, por exemplo, de uma discussão respeitosa (desta vez) no Instagram. Uma visão comum, fortemente influenciada pela tradição filosófica grega, sugere que o ser humano possui uma alma imortal e distinta de seu corpo, que continua a viver após a morte física. Contudo, ao considerarmos o que as Escrituras realmente ensinam sobre esses temas, é possível perceber que a Bíblia apresenta uma compreensão bem diferente, mais integrada e menos dualista.

   A primeira questão que surge é o entendimento da palavra "alma". Muitos de nós crescemos com a ideia de que a alma é uma parte imortal do ser humano, uma entidade que sobrevive à morte do corpo e mantém a consciência, independentemente do estado físico. No entanto, se analisarmos o texto de Gênesis 2:7, vemos que a criação do ser humano é descrita de uma maneira bem mais integrada e unificada. O versículo diz que Deus "formou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem se tornou alma vivente" (Gênesis 2:7, KJV). O que o texto nos ensina aqui não é que Adão "recebeu uma alma", mas que ele se tornou uma alma vivente quando o fôlego de vida foi soprado em seu corpo de barro. Em outras palavras, alma (𝘯𝘦𝘱𝘩𝘦𝘴𝘩 em hebraico) não é uma entidade separada que existe antes ou após a morte, mas refere-se à totalidade do ser humano — corpo e força vital, unidos em um ser vivente. O termo "alma vivente" (𝘯𝘦𝘱𝘩𝘦𝘴𝘩 𝘤𝘩𝘢𝘪𝘺𝘢𝘩) enfatiza que a vida humana é uma unidade psicossomática, ou seja, é o corpo animado pelo fôlego de vida que forma um ser consciente e vivente. Ao contrário da visão platonista, que separa corpo e alma e vê a alma como imortal, a Escritura não menciona uma alma imortal e separada do corpo. Quando o fôlego de vida é retirado (como acontece na morte), o ser humano retorna ao pó de onde foi formado (Eclesiastes 12:7). O corpo e a alma, como uma unidade, cessam de existir, e a consciência, descrita como o "sono" da morte nas Escrituras (João 11:11-14; 1 Tessalonicenses 4:13), é completamente extinta até o momento da ressurreição.

    Outro ponto importante é o conceito de "espírito" (𝘳𝘶𝘢𝘤𝘩 em hebraico). Embora o termo "espírito" em muitas traduções, como o latim 𝘴𝘱𝘪𝘳𝘪𝘵𝘶𝘴, se refira ao "sopro" ou "respiração", é necessário lembrar que a Bíblia não distingue entre espírito e alma da forma como algumas doutrinas cristãs fazem. O espírito, mais precisamente, representa a força vital que Deus concede a toda a criação (Gênesis 7:22), mas não é uma entidade imortal. O espírito retorna a Deus (Eclesiastes 12:7) e, assim como a alma, não carrega em si a continuidade da consciência.


    Com relação à vida eterna, a Escritura não nos ensina que a vida eterna é uma propriedade inerente à alma humana, como sugerem algumas tradições. Ao contrário, a vida eterna é um dom condicional, concedido por Deus através da fé em Jesus Cristo. Em Romanos 6:23, Paulo afirma que "o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor", reforçando a ideia de que a imortalidade não é algo que possuímos por natureza, mas algo que devemos receber de Deus, por meio da salvação. A vida eterna, portanto, não é uma continuidade da existência da alma após a morte, como é muitas vezes ensinada. A promessa bíblica de vida eterna está diretamente relacionada à ressurreição dos mortos e à restauração de nossos corpos. Como disse Jesus em João 11:25, Ele é "a ressurreição e a vida". A esperança nossa não é uma alma imortal vivendo fora do corpo, mas a ressurreição glorificada de toda a pessoa, como um ser integral, corpo e alma restaurados para viver eternamente na presença de Deus. Receberemos a imortalidade, somente após a ressurreição.

  

   Quando abordamos a questão da consciência humana, a visão bíblica nos leva a entender que a consciência é uma função da totalidade do ser humano, e não de uma alma desencarnada. Ela é a expressão da vida que Deus nos dá, manifestada através do corpo e da mente. A consciência humana, portanto, está intrinsicamente ligada à vida que recebemos de Deus. Quando o fôlego de vida se retira, a consciência cessa de existir, e a pessoa entra no estado de "sono", aguardando o despertar na ressurreição.

   Concluímos que a verdadeira doutrina bíblica não apoia a ideia de uma alma imortal e consciente após a morte, mas apresenta a esperança da ressurreição, onde todo ser humano será restaurado, corpo e alma, para viver eternamente com Deus. A vida eterna é, assim, um dom dado por Deus, e não uma propriedade inata do ser humano. Este entendimento das Escrituras resgata a esperança genuína de vida eterna em Cristo, não como uma alma imortal que sobrevive à morte, mas como uma totalidade restaurada em um novo corpo glorificado.


Fontes


¹ JAEGER, Werner. Early Christianity and Greek Paideia. Cambridge: Harvard University Press, 1961. p. 11-15.

² CULLMANN, Oscar. Imortalidade da Alma ou Ressurreição dos Mortos?: O Testemunho do Novo Testamento. São Paulo: Fonte Editorial, 2008.

³ WOLFF, Hans Walter. Anthropology of the Old Testament. Philadelphia: Fortress Press, 1974. p. 10.


Nicolas Breno

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Respondendo aos questionamentos de Fábio Sabino acerca do mal

 𝗥𝗲𝘀𝗽𝗼𝗻𝗱𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗮𝗼𝘀 𝗾𝘂𝗲𝘀𝘁𝗶𝗼𝗻𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗙𝗮́𝗯𝗶𝗼 𝗦𝗮𝗯𝗶𝗻𝗼 𝗮𝗰𝗲𝗿𝗰𝗮 𝗱𝗼 𝗺𝗮𝗹





   Neste texto, você encontrará respostas às perguntas existentes no esboço de Fábio intitulado "Deus criou o mal?". Embora o tema central do esboço seja defender que o versículo 7 de Isaías 45 claramente fala que é Deus quem cria o mal, o que não discordo, o esboço também aborda outras questões que deixam em dúvidas aqueles que fazem uma leitura sincera das Escrituras. E é nestas que vou aprofundar.


𝙋𝙚𝙧𝙜𝙪𝙣𝙩𝙖 𝟭: 𝘿𝙚𝙪𝙨 𝙥𝙧𝙚𝙟𝙪𝙙𝙞𝙘𝙤𝙪 𝙖 𝙝𝙪𝙢𝙖𝙣𝙞𝙙𝙖𝙙𝙚 𝙖𝙤 𝙘𝙧𝙞𝙖𝙧 𝙖 𝙖́𝙧𝙫𝙤𝙧𝙚 𝙙𝙤 𝙘𝙤𝙣𝙝𝙚𝙘𝙞𝙢𝙚𝙣𝙩𝙤 𝙙𝙤 𝙗𝙚𝙢 𝙚 𝙙𝙤 𝙢𝙖𝙡?


  Em Gênesis 2:9, a árvore do conhecimento do bem e do mal é criada por Deus e colocada no Jardim do Éden. Essa árvore representa a liberdade de escolha e a moralidade humana. A criação da árvore não é um ato de prejudicar a humanidade, mas de conceder o livre-arbítrio. Deus deu ao homem a capacidade de fazer escolhas morais e, com isso, a responsabilidade pelos seus atos.

   A culpa do homem reside na desobediência e não na existência da árvore. O mal não foi criado pelo homem, mas a escolha de desobedecer trouxe as consequências do mal para a humanidade. Inclusive tenho um texto que já tratou deste assunto intitulado "𝙋𝙚𝙧𝙜𝙪𝙣𝙩𝙖 𝙚 𝙧𝙚𝙨𝙥𝙤𝙨𝙩𝙖 𝙖𝙘𝙚𝙧𝙘𝙖 𝙙𝙤 𝙡𝙞𝙫𝙧𝙚 𝙖𝙧𝙗𝙞́𝙩𝙧𝙞𝙤 𝙚𝙢 𝙂𝙚̂𝙣𝙚𝙨𝙞𝙨".


𝙋𝙚𝙧𝙜𝙪𝙣𝙩𝙖 𝟮: 𝘿𝙚𝙪𝙨 𝙘𝙧𝙞𝙤𝙪 𝙤 𝙢𝙖𝙡 𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨 𝙙𝙤 𝙝𝙤𝙢𝙚𝙢?


   Gênesis 1:3 afirma que Deus criou a luz, mas a escuridão é simplesmente a ausência de luz. Similarmente, o mal é a ausência do bem e não uma criação independente. 

   Em Gênesis 3:22, o homem se torna conhecedor do bem e do mal ao desobedecer a Deus. Isso não implica que o mal já existia como uma entidade, mas que a capacidade de conhecer e praticar o mal foi adquirida.

 

   Deus é bom e tudo que criou originalmente era bom (Gênesis 1:31). O mal é uma corrupção do bem e surge como uma consequência da liberdade dada ao homem. A bondade de Deus é anterior e superior à existência do mal. O mal, sendo uma ausência de bem, aparece quando seres livres escolhem agir contra a bondade divina.


𝙋𝙚𝙧𝙜𝙪𝙣𝙩𝙖 𝟯: 𝘿𝙚𝙪𝙨 𝙥𝙤𝙙𝙚 𝙨𝙚𝙧 𝙩𝙚𝙣𝙩𝙖𝙙𝙤?


   Tiago 1:13 afirma que Deus não pode ser tentado pelo mal e que Ele não tenta ninguém. Isso se refere à natureza divina e moral de Deus, que é imutável e absolutamente santa. A palavra grega "ἀπείραστος" (apeirastos)  em seu contexto, significa "não pode ser tentado". Tiago usa o termo no sentido passivo, indicando que Deus não pode ser influenciado pelo mal.

   Em Jó 1:11, Satanás desafia Deus a permitir que Jó seja testado. Deus permite, mas não é Ele quem tenta. A tentação vem de Satanás.

 Deus permite testes e provações para revelar a fidelidade e a fé das pessoas, mas Ele mesmo não é a fonte da tentação. As tentações são permitidas dentro de Sua soberania para cumprir Seus propósitos. A passagem de Jó mostra que Deus está no controle e que mesmo as ações de Satanás só ocorrem dentro dos limites estabelecidos por Deus.


𝙋𝙚𝙧𝙜𝙪𝙣𝙩𝙖 𝟰: 𝙅𝙚𝙨𝙪𝙨 𝙚́ 𝘿𝙚𝙪𝙨? 𝘾𝙖𝙨𝙤 𝙚𝙡𝙚 𝙨𝙚𝙟𝙖, 𝙥𝙤𝙙𝙚𝙧𝙞𝙖 𝙨𝙚𝙧 𝙩𝙚𝙣𝙩𝙖𝙙𝙤?


   Mateus 4:1 e Lucas 22:28 mostram Jesus sendo tentado no deserto e durante Sua vida. Hebreus 2:18 e 4:15 afirmam que Jesus foi tentado em todas as coisas, mas sem pecar.


    Jesus é tanto plenamente Deus quanto plenamente homem. Sua natureza humana permitiu que Ele fosse tentado, mas Sua natureza divina assegurou que Ele não pecasse. A tentação de Jesus demonstra Sua identificação com a humanidade e Sua capacidade de ser o Sumo Sacerdote compassivo que entende nossas fraquezas e pode nos socorrer.


  Assim como Israel foi testado por 40 anos, Jesus jejuou e foi tentado por 40 dias. Jesus, como o novo Israel, supera as tentações, demonstrando Sua fidelidade a Deus. Analisando os paralelos entre Mateus, Marcos e Lucas, há diferenças estilísticas e de ênfase. Por exemplo, Mateus usa o termo "ἐπείνασεν" (teve fome) para enfatizar a humanidade de Jesus, enquanto Marcos e Lucas têm abordagens ligeiramente diferentes. 


 Primeira tentação: Transformar pedras em pão.


Segunda tentação: Lançar-se do pináculo do templo.


Terceira tentação: Adorar Satanás para receber todos os reinos do mundo.


   As tentações de Jesus não provam que Ele não é Deus, e responde a quarta pergunta. Em vez disso, mostram Sua identificação com a humanidade e Sua vitória sobre o mal. Jesus, em Sua natureza humana, foi tentado, mas em Sua natureza divina, não pecou. Ele é o Sumo Sacerdote perfeito que compreende nossas fraquezas e pode nos ajudar em nossas tentações.


𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼

Livros sobre a Terra Plana 3



Este é o terceiro post de uma série com compilações de livros sobre a Terra Plana.
A primeira edição, postada em 21 de maio de 2022, trazia 4 livros encontrados na internet e 16 que fiz upload no Dropbox.¹
A segunda, postada em 28 de agosto de 2022, apresentava 17 livros disponíveis, reunindo tudo o que pude encontrar na internet. A diferença em relação à primeira, além de eu ter feito o upload de apenas alguns deles novamente no Dropbox, foi que, desta vez, todos estavam em inglês.²
Nesta terceira edição, estou trazendo agora centenas de livros que tratam do tema da Terra Plana. Pode haver repetições, mas considero isso positivo, já que algum material pode sair do ar. Espero que este post tenha mais sucesso do que o primeiro.

A seguir, deixo o link da pasta no meu drive, contendo tudo o que pude reunir sobre a Terra Plana. Você encontrará materiais em francês, inglês e português. Desde artigos até livros.

𝗔𝘃𝗶𝘀𝗼 𝗶𝗺𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝗻𝘁𝗲: alguns autores podem apresentar informações imprecisas, defender ideias que não condizem com a realidade ou mesmo mentir em partes de suas obras. Cabe ao leitor ler criticamente, confrontar fontes e reter o que for bom.

PASTA CONTENDO MAIS DE 220 LIVROS SOBRE A TERRA PLANA: https://drive.google.com/drive/folders/1qQmAd2U59PUKa0IpquKC20tEz5eRIvZA?usp=sharing

¹ https://www.facebook.com/nicolas.breno.9421/posts/pfbid0DA3Z14vcqF5cS72DGpR8CBs67hvx187X3NxyHfmBsA6D3PS72LaPexycvk4mdVRil
, também publicado no blog: https://nicolasbreno1.blogspot.com/2025/02/livros-sobre-terra-plana-1.html

² https://www.facebook.com/nicolas.breno.9421/posts/pfbid02wChsZRFstmtsXA1V6ztVoE3ff18gfyeb2eU6Mu4VugsWqrS5pk7HVh8Mm28rP7Ntl
, também publicado no blog: https://nicolasbreno1.blogspot.com/2025/02/livros-sobre-terra-plana-2.html

domingo, 28 de setembro de 2025

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA TOTAL: PREPARAÇÃO PARA OS ÚLTIMOS TEMPOS

 Manual de Sobrevivência Total: Preparação para os Últimos Tempos



   A sociedade moderna, com sua complexa rede de tecnologia e logística, tornou-se vulnerável a interrupções súbitas. A sobrevivência em tempos de crise (um cenário frequentemente chamado de SHTF – Shit Hits The Fan) não depende apenas de equipamentos, mas fundamentalmente de mentalidade, conhecimento e resiliência.


NÍVEL 1: O BÁSICO – Mentalidade e Preparação Imediata (0-72 Horas)

   A fundação da sobrevivência reside na atitude mental e na prontidão para agir.


1. A Psicologia da Sobrevivência

   O fator mais crítico é a vontade de viver. O pânico é o inimigo mortal; ele drena energia e impede o raciocínio claro. Diante de uma emergência, utilize o método P.A.R.E.:

Pare: Interrompa o movimento. Respire fundo.

Analise: Observe o ambiente. Quais são os perigos imediatos? Quais recursos estão disponíveis?

Raciocine: Formule um plano baseado nas prioridades (saúde, abrigo, água).

Execute: Aja com calma e determinação. A urgência indevida é desperdício.


2. Prioridades Vitais (A Regra de Três)

   O corpo humano pode sobreviver, em média:

3 Minutos sem Ar. 3 Horas sem Abrigo em condições climáticas extremas. 3 Dias sem Água. 3 Semanas sem Comida.


3. Kits Essenciais de Preparação

EDC (Every Day Carry): Itens que você carrega diariamente (ex: canivete multiuso, lanterna pequena, isqueiro/pederneira).

BOB (Bug Out Bag) - Mochila de Fuga: Projetada para sustentar você por 72 horas em caso de evacuação (Bug Out). Deve incluir água, filtro portátil, alimentos não perecíveis, kit de primeiros socorros (FAK) completo, lona ou abrigo leve, métodos de fogo, faca robusta, rádio a pilhas, cópias de documentos e dinheiro vivo.


4. Primeiros Socorros Críticos

   Em isolamento, o conhecimento médico básico é vital.

Hemorragias Graves: Prioridade máxima. Aplique pressão direta sobre a ferida com um pano limpo e eleve o membro afetado. O torniquete deve ser usado apenas como último recurso em membros esmagados ou com hemorragia incontrolável, devido ao alto risco de gangrena.

Estado de Choque: Ocorre devido à circulação deficiente (sintomas: pele fria, pulso fraco, palidez). Deite a vítima, eleve ligeiramente os pés (se não houver lesão na cabeça) e mantenha-a aquecida.

Fraturas: Imobilize a área afetada com talas improvisadas (galhos rígidos), acolchoadas com tecido, abrangendo as articulações acima e abaixo da lesão. Não tente recolocar o osso no lugar.

Animais Peçonhentos (Cobras): Mantenha a vítima calma e deitada. Lave o local. NÃO corte, NÃO chupe o veneno e NÃO faça garrotes (especialmente em picadas de Jararaca, pois agrava a necrose). O soro específico é o único tratamento eficaz.


NÍVEL 2: Habilidades Essenciais de Sobrevivência

   1. Água: A Prioridade Absoluta

   Toda água de fonte desconhecida deve ser purificada para evitar doenças intestinais.

Purificação: A fervura (5 minutos) é o método mais seguro. Use também filtros ou tratamento químico (cloro/iodo).

Destilador Solar (Condensador): Essencial em áreas áridas ou com água salobra. Cave um buraco, coloque um recipiente no centro, cubra com um plástico transparente selando as bordas. Coloque uma pedra no centro do plástico, acima do recipiente. O calor solar evapora a umidade do solo, que condensa no plástico e goteja no recipiente como água pura.


  2. Fogo: Calor, Cozimento e Segurança

Métodos Confiáveis: Pederneiras (ferrocerium), fósforos impermeabilizados e isqueiros.

Métodos Improvisados:

Lentes: Use óculos ou lupas para concentrar a luz solar na isca (material fino e seco).

Bateria e Fio: Conectar os polos de uma bateria (como a de um celular) com um fio fino ou palha de aço gera calor intenso instantaneamente.


   3. Abrigo: Proteção contra os Elementos

O objetivo é isolar o corpo do solo (condução) e protegê-lo do vento (convecção) e da chuva.

Alpendre (Lean-to): Apoie uma viga longa contra uma árvore ou rocha. Apoie galhos menores contra a viga principal. Cubra a estrutura com detritos (folhas, musgo) em camadas espessas, de baixo para cima. Isole o chão com uma camada grossa de folhas secas.


  4. Orientação e Navegação

Método da Sombra da Vara (Dia): Crave uma vara no chão. Marque a ponta da sombra (1ª marca = Oeste). Espere 15 minutos e marque novamente (2ª marca = Leste). A linha entre as marcas define o eixo Leste-Oeste.

Estrelas (Noite - Hemisfério Sul): Localize o Cruzeiro do Sul. Prolongue o eixo maior da cruz 4,5 vezes na direção do pé da cruz. O ponto imaginário resultante está diretamente acima do Sul Verdadeiro.


NÍVEL 3: Sustentabilidade a Longo Prazo (Autossuficiência)

Para cenários de colapso prolongado, o foco muda para a sustentabilidade.

   1. Armazenamento de Alimentos a Longo Prazo

Seguindo as diretrizes para armazenamento de longa duração (como o plano de 1000 dias), o foco deve ser em:

Base Calórica: Grãos integrais (arroz, trigo, milho).

Essenciais: Sal (conservação e necessidade fisiológica), Mel (não estraga) e Gorduras.

Armazenamento: O segredo é baixa umidade (abaixo de 11%), ausência de oxigênio (usar absorvedores) e proteção contra luz e pragas (recipientes herméticos).


  2. Conservação de Alimentos sem Refrigeração

Desidratação: Remove a umidade. Pode ser feita ao sol ou em secadores solares improvisados. Ideal para frutas, legumes e carnes (charque).

Salga (Cura): O sal desidrata o alimento e inibe bactérias.

Defumação: A fumaça possui compostos bactericidas e antioxidantes, e o calor ajuda na desidratação.


   3. Obtenção de Alimentos

Armadilhas: Mais eficientes que a caça ativa. Construa laços em trilhas de animais para capturar pequenas presas, conservando energia.

Coleta Vegetal: Exige conhecimento especializado. O risco de envenenamento é alto; foque apenas em plantas conhecidas.


NÍVEL 4: Proteção Avançada – O Pulso Eletromagnético (PEM/EMP)

Uma ameaça significativa nos "últimos tempos" é o Pulso Eletromagnético (PEM), causado por eventos solares extremos ou armas nucleares. Um PEM pode destruir redes elétricas e dispositivos eletrônicos sensíveis. A proteção é feita através da Gaiola de Faraday.


O que é a Gaiola de Faraday?


É um invólucro feito de material condutor (metal) que bloqueia campos eletromagnéticos externos. A energia do pulso é distribuída pela superfície externa, protegendo o que está dentro.


Princípios para uma Gaiola Eficaz:

Condutividade: Use metais como aço galvanizado, alumínio ou cobre.

Fechamento Completo: A tampa deve ter contato metal-com-metal com o corpo do recipiente. Não pode haver frestas significativas.

Isolamento Interno (Crucial): Os dispositivos eletrônicos NÃO devem tocar o metal interno da gaiola.


Como Construir uma Gaiola de Faraday Prática (Método da Lata de Lixo Galvanizada):

Material: Uma lata de lixo de metal nova com tampa de boa vedação.

Forro: Forre todo o interior (fundo, laterais e parte interna da tampa) com papelão grosso, plástico bolha ou borracha.

Armazenamento: Coloque os dispositivos eletrônicos dentro. Para proteção extra (chamada "aninhamento"), você pode embrulhar cada item individualmente em papel alumínio e depois em plástico, antes de colocá-los na lata isolada.

Vedação: Feche a tampa firmemente. Para vedação superior, use fita adesiva metálica (cobre ou alumínio) na junção da tampa com a lata. Fita adesiva comum não serve.


O que Proteger?

Priorize itens essenciais para a sobrevivência pós-colapso: rádios de comunicação (HTs, ondas curtas), baterias recarregáveis, HDs externos com informações vitais e lanternas de LED.

A sobrevivência é um esforço contínuo de aprendizado e prática. A informação contida neste guia é a base. Pratique as habilidades, monte seus kits e sua proteção PEM agora. A resiliência é construída antes do desastre.


  Deixarei abaixo um link para o Drive, com todos os manuais que pude encontrar na questão de sobrevivência (98 PDFs). Se prepare para o pior!


https://drive.google.com/drive/folders/13ZqXw0QmBF_jkpmgutRMt1EHU_58YdA5?usp=sharing


Nicolas Breno


sábado, 27 de setembro de 2025

Novo livro! A Conspiração das Eras

A Conspiração das Eras: De Babilônia à Nova Ordem Mundial" está disponível para venda!



   Este livro audacioso é uma jornada profunda que revela as mentiras históricas, espirituais e científicas que moldam o nosso mundo. Escrito por Nicolas Breno, a obra expõe o que muitos preferem esconder, revelando desde os mistérios antigos da Babilônia até as atuais conspirações que visam destruir a verdadeira liberdade.


📖Detalhes:


Versão digital: R$ 39 (disponível para compra diretamente comigo): https://wa.me/5543999621352


Versão impressa: R$ 59,60 (preço promocional, por enquanto) Disponível aqui: https://clubedeautores.com.br/livro/a-conspiracao-das-eras


O que você vai encontrar?


- Revelações sobre o Messias e sua verdadeira identidade

- A desconstrução da teoria heliocêntrica e a revelação sobre a Terra Plana

- A análise da eugenia e sua ligação com o darwinismo


E muito mais!


Adquira já a sua cópia e comece a jornada de despertar para a realidade oculta!

"Ninguém Sabe o Dia nem a Hora": Uma Análise Exegética e Textual de Mateus 24:36 e Marcos 13:32

 "Ninguém Sabe o Dia nem a Hora": Uma Análise Exegética e Textual de Mateus 24:36 e Marcos 13:32





   A afirmação de Yeshua (Jesus) sobre a ignorância quanto ao momento exato de Seu retorno é um dos pontos mais debatidos na cristologia. Para aqueles que compreendem Jesus como o próprio Deus encarnado, o Criador manifesto na carne,¹ a declaração de que Ele não conhece o dia e a hora pode parecer contraditória à Sua natureza divina onisciente. Mas em uma análise cuidadosa do contexto da perícope, aliada à crítica textual e à compreensão da natureza da encarnação, demonstra que essa objeção não compromete a divindade de Cristo.


1. O Contexto da Perícope: O Sermão do Monte das Oliveiras


   Os textos em questão (Mateus 24 e Marcos 13) estão inseridos no Sermão Profético, proferido após Jesus ter anunciado a destruição do Templo de Jerusalém (Mateus 24:1-2). Os discípulos Lhe perguntaram privadamente sobre o tempo desses eventos e o sinal de Sua vinda (παρουσία/parousia) e da consumação dos séculos (Mateus 24:3).

   A resposta de Jesus abrange eventos próximos e distantes, descrevendo sinais que precederão o fim, mas enfatizando que o objetivo principal não é fornecer um calendário, mas exortar à vigilância. Após a Parábola da Figueira, que ensina a discernir a proximidade da estação (Mateus 24:32-33), Jesus faz a declaração crucial sobre o tempo exato.


2. Análise Textual: A Variante Significativa em Mateus 24:36


   A análise textual é fundamental aqui, especialmente considerando a preferência pelo Texto Majoritário (Bizantino). Existe uma diferença crucial entre a leitura de Mateus 24:36 na tradição majoritária e nas edições críticas modernas.

    No Texto Majoritário, Mateus 24:36 lê-se:


Περὶ δὲ τῆς ἡμέρας ἐκείνης καὶ ὥρας οὐδεὶς οἶδεν, οὐδὲ οἱ ἄγγελοι τῶν οὐρανῶν, εἰ μὴ ὁ πατήρ μου μόνος.

(Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, senão somente meu Pai.)²


   As edições críticas modernas (como a NA28), baseadas predominantemente em manuscritos alexandrinos mais antigos (como os Códices Vaticanus e Sinaiticus), incluem a frase "οὐδὲ ὁ υἱός" (nem o Filho).³


   A evidência para a omissão da frase "nem o Filho" em Mateus é vasta na tradição Bizantina, incluindo a Família 35. Além disso, essa leitura é corroborada pela Peshitta (Aramaico Siríaco), conforme a transliteração: 


   ak8m fpa +dy f Vna Yh f[v L[w wh !yd amwy L[ [...] dwxlb aba fa aymvd

(Mas sobre aquele dia e sobre aquela hora, nenhum homem sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai.)⁴


   Do ponto de vista da crítica textual que favorece o Texto Majoritário, a leitura que omite "nem o Filho" em Mateus é considerada a autêntica (e assim concordo). A inclusão nos textos alexandrinos pode ser vista como uma assimilação ao texto paralelo de Marcos 13:32. Portanto, seguindo a tradição textual preferida, Mateus não afirma que o Filho desconhece o tempo.


3. Análise Exegética de Marcos 13:32 e a Natureza da Encarnação


   Embora a questão seja resolvida textualmente em Mateus pelo Texto Majoritário, ela persiste em Marcos 13:32. Neste Evangelho, a leitura é unânime em todas as tradições textuais, incluindo o Texto Majoritário e a Peshitta:


  Περὶ δὲ τῆς ἡμέρας ἐκείνης ἢ ὥρας οὐδεὶς οἶδεν, οὐδὲ οἱ ἄγγελοι οἱ ἐν οὐρανῷ, ----> οὐδὲ ὁ υἱός <----, εἰ μὴ ὁ πατήρ.

(Mas a respeito daquele dia ou daquela hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, ----> nem o Filho <----, senão o Pai.)⁵


Como conciliar isso com a crença de que Jesus é Deus encarnado? A resposta reside na compreensão da Encarnação e no conceito de Kenosis (esvaziamento), conforme explicado por Hélio.⁶


A Kenosis: Uma Limitação Funcional, Não Ontológica


  Filipenses 2:6-7 afirma que Jesus, "sendo em forma de Deus, [...] fez a si mesmo de nenhuma reputação (ἑαυτὸn ἐκένωσεν), a forma de servo havendo tomado". A Kenosis não significa que Cristo se despiu de Seus atributos divinos ou que Sua onisciência foi suspensa. Tal ideia é logicamente insustentável, pois, como argumenta Hélio, "é impossível que se decida não saber o que já se sabe".


   A solução correta reside na distinção entre a natureza essencial de Cristo e Sua função na encarnação.


1. Natureza Divina Onisciente: Em Sua pessoa integral e divina, Cristo nunca deixou de ser onisciente. Ele sempre soube, sabe e saberá o dia e a hora, pois este conhecimento é inseparável de Sua divindade (Colossenses 2:9).


2. Função Humana e Servil: No entanto, ao se encarnar, Ele assumiu a posição de Servo e representante perfeito da humanidade (o "Filho do Homem"). Nesta capacidade, Ele operou em perfeita submissão ao Pai. A declaração de ignorância não se refere à Sua capacidade divina, mas à Sua posição oficial como servo.


   Hélio ilustra isso com a analogia de um príncipe que, atuando incógnito como servo, sabe de um segredo de estado em sua qualidade de herdeiro, mas pode afirmar legitimamente não o saber em sua função de servo, pois não lhe foi comunicado oficialmente nessa capacidade. Da mesma forma, Jesus, em Sua qualidade de Filho de Deus, sempre soube a data. Mas em Sua qualidade de Servo e Filho do Homem, essa informação não fazia parte de Sua revelação oficial à humanidade. Ele não estava mentindo, pois falava a partir de Sua posição humana e funcional.


A Economia da Missão


   Esta compreensão da Kenosis como uma limitação funcional está em perfeita harmonia com a economia da missão de Cristo. Ele veio cumprir a vontade do Pai (João 6:38). O conhecimento do cronograma escatológico final não fazia parte da revelação que Ele foi comissionado a trazer naquele momento.

   Isso é corroborado em Atos 1:7, onde o Jesus ressuscitado diz: "Não vos pertence saber os tempos ou as épocas que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder". A ênfase está na autoridade (exousia) do Pai em determinar o cronograma.

   Nesse sentido, o verbo "saber" (οἶδεν - oiden) pode ser entendido funcionalmente: não cabia ao Filho, em Sua missão terrena, acessar ou declarar essa informação. Era um conhecimento reservado à esfera da soberania do Pai no plano da redenção.


Conclusão


   A objeção de que Jesus não poderia ser Deus por desconhecer o dia e a hora de Sua volta falha em dois níveis cruciais. Primeiramente, do ponto de vista textual, a tradição Majoritária em Mateus 24:36 não contém a afirmação da ignorância do Filho.  Secundariamente, do ponto de vista exegético em Marcos 13:32, a limitação é compreendida à luz da Encarnação, onde o Deus onisciente, em sua função como Filho do Homem e Servo, operou dentro dos limites de Sua missão terrena (Kenosis), sem jamais anular Sua onisciência divina.

   Longe de negar a divindade de Cristo, esses textos iluminam a profundidade de Sua identificação com a humanidade. O propósito central da passagem permanece sendo um chamado urgente à vigilância (Mateus 24:42), e não uma definição dos limites da essência divina de Cristo.


¹ Conforme a perspectiva defendida em: BRENO, Nicolas. Jesus: O Deus Encarnado, Londrina, Clube de Autores, 2025. p. 61-99.


² BÍBLIA. Grego. The New Testament in the Original Greek: Byzantine Textform (BYZ). Compilado e arranjado por Maurice A. Robinson e William G. Pierpont. Southborough: Chilton Book Publishing, 2005. Mateus 24:36.


³ BÍBLIA. Grego. Novum Testamentum Graece (NA28). Editado por Barbara e Kurt Aland, et al. 28. ed. Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft, 2012. Mateus 24:36. O aparato crítico reconhece a força dos manuscritos alexandrinos (ℵ, B) para a inclusão, mas também registra a omissão na maioria dos manuscritos (𝔐).


⁴ BÍBLIA. Aramaico. Peshitta. Mateus 24:36. Transliteração baseada no texto .


⁵ BÍBLIA. Grego. The New Testament in the Original Greek: Byzantine Textform (BYZ). 2005. Marcos 13:32.


⁶ HÉLIO. A KENOSIS (esvaziamento) DE JESUS, O CRISTO (Fp 2:5-11). SolaScripturaTT. Disponível em: https://solascriptura-tt.org/Cristologia/Kenosis-EsvaziamentoDeCristoFp2-5-11-Helio.htm. Acessado em 17 de setembro de 2025.

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

O lago de fogo e a segunda morte

O Lago de Fogo e a Segunda Morte: Um Debate sobre Metáforas e Literalidade na Escatologia Bíblica




A discussão sobre o significado do Lago de Fogo e da Segunda Morte, especialmente no contexto do livro do Apocalipse, tem sido um ponto crucial para distintas compreensões escatológicas dentro do cristianismo (babilônia). Alguns dizem que o Lago de Fogo é uma alegoria que representa a Segunda Morte, que, por sua vez, é um evento literal, e não o contrário. Será?

A visão convencional dos imortalistas e seus desafios

Na posição tradicional do imortalismo, o Lago de Fogo é entendido como uma realidade literal, um local de tormento eterno para as almas dos ímpios. A Segunda Morte, nessa perspectiva, seria uma metáfora para este tormento contínuo, espiritual e sem fim. Tal interpretação tem sido amplamente adotada em várias correntes teológicas e sustentada, com frequência, pela leitura direta e literalista de versículos como Apocalipse 20:10.

Essa abordagem apresenta problemas que expõem uma tensão interna:

A dualidade do Lago de Fogo e do Hades. No Apocalipse, tanto o Hades quanto a Morte são lançados no Lago de Fogo, um cenário problemático se ambos forem interpretados como realidades literais e conflitantes. O Hades, tradicionalmente entendido como o local onde as almas aguardam, e o Lago de Fogo, seriam infernos sobrepostos, o que é totalmente incoerente.

A natureza impessoal da Morte. Como pode a Morte, uma entidade impessoal, ser lançada em um local literal? Isto sugere uma linguagem simbólica e figurada presente na narrativa apocalíptica.

A inversão conceitual: Lago de Fogo como símbolo da Segunda Morte literal

Ao contrário, a Escritura propõe uma inversão desse entendimento: o Lago de Fogo é a figura simbólica, a alegoria, enquanto a Segunda Morte é o evento literal que essa figura representa. Sob essa ótica, a Segunda Morte não é um estado espiritual indefinido ou uma condenação vivenciada eternamente, mas sim uma morte definitiva e literal, que implica em inexistência e apagamento perpetuados.

Essa interpretação se apoia em alguns pontos fundamentais:

O próprio texto apocalíptico esclarece o simbolismo: Assim como João explica em outras passagens que as sete estrelas são os anjos e os sete castiçais são as igrejas, ele também esclarece que o Lago de Fogo simboliza a Segunda Morte. Portanto, o símbolo (Lago de Fogo) representa um fato literal (morte eterna).

A morte literal não pode ser 'espiritual', não faz sentido aplicar a expressão "segunda morte" para uma morte espiritual quando todos reconhecem que os ímpios já estão espiritualmente mortos em seus pecados; a morte da segunda morte é uma morte física, definitiva e sem ressurreição subsequente.

A passagem afirma que os justos não passarão pela Segunda Morte, embora todos passem pela Primeira Morte (a morte física presente neste mundo), o que indica que a Segunda Morte é distinta da condição espiritual e se refere a um estado final permanente.

Consequências espirituais e hermenêuticas

Essa distinção e inversão propostas pelas Escrituras a qual eu replico aqui, oferecem uma compreensão coerente e harmoniosa da escatologia (fim dos tempos) sem a necessidade de malabarismos hermenêuticos (de compreensão), como a ideia de tormentos eternos em um lago literal que, paradoxalmente, abrigaria a morte e o Hades, além de contradizer a natureza impessoal da morte.
Além disso, evita o dilema de imaginar a alma humana sendo eternamente atormentada após já estar espiritualmente morta e vice-versa, construindo uma narrativa lógica em que a alma, após a ressurreição e juízo, enfrenta a Segunda Morte literal, ou seja, o fim permanente da existência.

Por fim, essa interpretação baseada em Cristo aqui, respeita o princípio hermenêutico clássico de que a Bíblia interpreta a Bíblia, utilizando os próprios esclarecimentos do texto apocalíptico para explicar seus símbolos e tornando-se mais fiel à forma e intenção originais do texto.

Considerações finais

O debate entre ver o Lago de Fogo como um lugar literal de tormento eterno e a Segunda Morte como metáfora, ou vice-versa, é central para as doutrinas sobre o pós-juízo e o destino final da humanidade. As argumentações apresentadas, convida para uma leitura mais cuidadosa e simbólica da Escritura para essas passagens, reconhecendo a riqueza do texto apocalíptico e evitando interpretações que possam causar contradições internas e dificuldades que os teólogos enfrentam.

Assim, afirmar que o Lago de Fogo é alegoria para a Segunda Morte literal contribui para um entendimento mais equilibrado e coerente do que é apresentado nas Escritura, valorizando tanto a profundidade simbólica quanto a clareza da mensagem escriturística sobre o destino final dos seres humanos e do mal.

Nicolas Breno

A Chave de Davi: Soberania Messiânica Contra o Sincretismo Pagão em Apocalipse

 A Chave de Davi: Soberania Messiânica Contra o Sincretismo Pagão em Apocalipse





   A interpretação de textos bíblicos, especialmente os apocalípticos, exige um profundo mergulho em seu universo simbólico e em doutrina. A afirmação do Professor Fábio Sabino, de que a imagem de Cristo com "as chaves da Morte e do Hades" (Apocalipse 1:18) seria uma adaptação da deusa helenística Hécate, "porta-chaves" do submundo, representa uma leitura que, embora reconheça um paralelo superficial, falha em identificar a origem primária e a intenção polêmica do autor sagrado. Contrariamente a uma tese de sincretismo ou adaptação "por bel prazer", a figura de Cristo com as chaves é uma afirmação de soberania messiânica, profundamente enraizada na escrita do Antigo Testamento e utilizada como uma subversão deliberada contra as divindades pagãs.


   O argumento mais contundente contra a necessidade de um protótipo pagão para esta imagem reside na própria Escritura hebraica. O profeta Isaías, séculos antes de Hécate se tornar popular no mundo greco-romano, já utilizava a imagem da chave como símbolo de autoridade messiânica intransferível. Ao descrever a autoridade do servo Eliakim, uma figura tipológica do Messias, Deus declara: "Porei sobre o seu ombro a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém fechará, fechará, e ninguém abrirá" (Isaías 22:22). O autor do Apocalipse não só conhecia essa passagem, como a aplica diretamente a Jesus em Apocalipse 3:7. Portanto, a fonte primária para a imagem de Cristo com autoridade absoluta (as chaves) não está nos papiros mágicos gregos, mas na própria tradição profética de Israel. A "chave de Davi" é o precedente bíblico que torna a "chave de Hécate" uma fonte desnecessária e improvável.


   Além disso, equiparar as duas figuras ignora a abismal diferença espiritual entre elas. Claro, para polemizar ele ignora. Hécate é uma divindade ctônica, uma guardiã das encruzilhadas e portas do submundo, frequentemente associada à magia e à feitiçaria. Sua função é a de uma porteira ou guia liminar entre os mundos. Jesus, em Apocalipse, não é um mero porteiro. Ele é apresentado como "o Primeiro e o Último, e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos" (Apocalipse 1:17-18). Ele não apenas guarda os portões; Ele os arrombou por dentro através de Sua morte e ressurreição. A posse das chaves por Cristo não simboliza a função de guardião, mas a de conquistador. Ele detém a autoridade sobre a Morte e o Hades porque os venceu, um conceito espiritual radicalmente distinto e superior ao papel atribuído a Hécate.


   Finalmente, a utilização de um símbolo comum no mundo greco-romano não implica em adaptação sincrética, mas sim em uma apologética polêmica. João escreve para as igrejas (pessoas) da Ásia Menor, uma região imersa no paganismo e no culto imperial. Ao apresentar Jesus com as chaves, ele não está "helenizando" Cristo; ele está declarando a superioridade de Cristo sobre as divindades que seu público conhecia, como Hécate. É um ato de subversão espiritual, que esvazia o poder do símbolo pagão e o reinveste com um novo significado, o da soberania absoluta do Messias ressurreto. Como aponta o erudito G.K. Beale em seu comentário sobre o Apocalipse, a linguagem do livro está saturada de alusões ao Antigo Testamento, e suas imagens devem ser lidas primariamente através dessa lente para confrontar as ideologias pagãs da época (Cf. G.K. Beale, The Book of Revelation: A Commentary on the Greek Text, 1999).


   Em conclusão, embora a semelhança entre Jesus e Hécate como "porta-chaves" seja visualmente notável, a tese de uma adaptação mitológica direta é insustentável. A evidência interna das Escrituras aponta para Isaías como a fonte primária, a distinção espiritual demonstra a superioridade da reivindicação de Cristo, e o contexto histórico revela uma intenção polêmica, e não de assimilação. A imagem de Jesus com as chaves da Morte e do Hades não é um empréstimo mitológico, mas uma poderosa declaração de que toda autoridade, nos céus, na terra e debaixo da terra, pertence unicamente ao Messias que venceu a morte.


Nicolas Breno


Fontes


Everett Ferguson, Backgrounds of Early Christianity


HURTADO, Larry W. Lord Jesus Christ: Devotion to Jesus in Earliest Christianity. Grand Rapids: Eerdmans, 2003. O trabalho de Hurtado prova que a adoração a Jesus como Senhor era exclusivista e de um nível altíssimo desde o início do cristianismo. Isso fundamenta a ideia de que os cristãos não viam Jesus como uma figura análoga a outros deuses, mas como o vencedor único e soberano sobre todas as outras potestades, incluindo a morte.


KEENER, Craig S. The IVP Bible Background Commentary: New Testament. 2. ed. Downers Grove: InterVarsity Press, 2014. Este comentário contextualiza o Novo Testamento em relação tanto ao mundo greco-romano quanto ao judaísmo. Keener ajuda a mostrar que, embora o símbolo das chaves fosse conhecido no paganismo, a referência direta e intencional do autor bíblico seria a passagem de Isaías 22, que já fazia parte de sua herança escriturística.


TARGUM DE ISAÍAS. In: CHILTON, Bruce D. (ed.). The Aramaic Bible: The Targum of Isaiah. Vol. 11. Collegeville: Liturgical Press, 1987. Os Targumim eram as traduções e interpretações aramaicas das Escrituras, usadas na época de Jesus e da igreja primitiva. Citar o Targum de Isaías 22 demonstra que a imagem da "chave de Davi" como símbolo de autoridade messiânica era parte da tradição interpretativa judaica, reforçando sua proeminência sobre qualquer fonte pagã.


FERGUSON, Everett. Backgrounds of Early Christianity. 3. ed. Grand Rapids: Eerdmans, 2003. Um manual clássico sobre o contexto cultural do cristianismo primitivo. A obra de Ferguson ajuda a entender o ambiente em que a Igreja se desenvolveu, mostrando como os cristãos usavam conceitos culturais para comunicar sua mensagem, mas quase sempre com o objetivo de demonstrar a superioridade e a singularidade de Cristo em relação às filosofias e religiões pagãs.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Refutando bobices dos ateístas 38

 𝗥𝗲𝗳𝘂𝘁𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗯𝗼𝗯𝗶𝗰𝗲𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗮𝘁𝗲𝗶́𝘀𝘁𝗮𝘀 𝟯𝟴





"𝘖𝘴 𝘫𝘶𝘴𝘵𝘰𝘴 𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘦𝘨𝘳𝘢𝘳𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘧𝘰𝘳𝘦𝘮 𝘷𝘪𝘯𝘨𝘢𝘥𝘰𝘴, 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘣𝘢𝘯𝘩𝘢𝘳𝘦𝘮 𝘰𝘴 𝘱𝘦́𝘴 𝘯𝘰 𝘴𝘢𝘯𝘨𝘶𝘦 𝘥𝘰𝘴 𝘪́𝘮𝘱𝘪𝘰𝘴." Salmos 58:10

Vingança para o homem Davi, e essa alegria psicopata de banhar os pés em sangue, é típico dessa figura, não para Deus. Ali, em Salmos, é registrado o pensamento e as palavras dele, e isso não parte de Deus. Lembre-se sempre do princípio hermenêutico: se passar por Jesus vale, o que não, fica apenas como algo histórico ou pensamento daquele autor. Não há o que falar a mais desse texto.

"𝘕𝘢̃𝘰 𝘴𝘦 𝘢𝘭𝘦𝘨𝘳𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘪𝘯𝘪𝘮𝘪𝘨𝘰 𝘤𝘢𝘪𝘳 𝘯𝘦𝘮 𝘦𝘹𝘶𝘭𝘵𝘦 𝘰 𝘴𝘦𝘶 𝘤𝘰𝘳𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘲𝘶𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘦𝘭𝘦 𝘵𝘳𝘰𝘱𝘦𝘤̧𝘢𝘳" Provérbios 24:17

Davi deveria ter lido essa passagem, por mais que ele tenha escrito antes, se conhecesse de fato quem é YHWH não teria esse desejo pecaminoso em seu coração e repetido em escrita. Portanto, não há contradição, mas sim uma figura assassina demonstrando o que há em seu ser, e no outro, um conselho válido que passa por Jesus Cristo, e com esse eu fico.

𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

A Interpretação de Mateus 16:18: Entre Gramática e Exegese

 A Interpretação de Mateus 16:18: Entre Gramática e Exegese





   A passagem de Mateus 16:18 - "as portas do Hades não prevalecerão contra ela" - representa um dos textos mais debatidos do Novo Testamento, gerando interpretações que oscilam entre ver a Igreja (nós) ou Jesus como o objeto da proteção divina. Uma análise cuidadosa revela uma tensão fascinante entre a estrutura gramatical do texto e sua interpretação exegética mais ampla.


A Evidência Gramatical


    Do ponto de vista estritamente gramatical, o texto grego é inequívoco. O pronome αὐτῆς ("dela") no versículo 18 é feminino genitivo singular e se refere naturalmente ao substantivo feminino mais próximo: ἐκκλησίαν (igreja). A construção sintática estabelece uma conexão direta:


"οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν, καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς"

"edificarei minha igreja, e as portas do Hades não prevalecerão contra ela"

   Nesta leitura, as portas do Hades não prevalecerão contra a Igreja , uma interpretação que encontra respaldo na proximidade sintática e na concordância gramatical natural do texto.


O Contexto Exegético


   Contudo, a exegese contextual apresenta um quadro mais complexo. O contexto imediato de Mateus 16:13-23 está saturado de cristologia:

Pedro confessa Jesus como "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16)

Jesus declara esta revelação como divina (v.17)

A construção da igreja é baseada "sobre esta rocha" - referindo-se à confissão messiânica (v.18)

Jesus proíbe que revelem que ele é o Cristo (v.20)

Imediatamente após, Jesus anuncia sua morte e ressurreição (v.21)

   Este fluxo narrativo sugere que o foco central está na identidade e obra messiânica de Jesus, não na Igreja como instituição. A sequência lógica aponta para Jesus como aquele que vencerá a morte (Hades), tornando-se o fundamento inabalável sobre o qual a Igreja será construída.


A Questão do "Hades"


   Um elemento crucial, é a tradução de ᾅδου (Hades). Diferentemente da tradução comum "inferno", Hades no contexto sinótico refere-se ao "reino dos mortos" ou à própria morte. Nesta perspectiva, a promessa seria: "a morte não manterá Jesus no túmulo", uma clara referência à ressurreição.

Síntese Interpretativa


   A tensão entre gramática e exegese pode ser resolvida reconhecendo que ambas as dimensões são verdadeiras, mas hierarquicamente relacionadas:

   Gramaticalmente, as portas do Hades não prevalecerão contra a Igreja.

   Exegeticamente, isso acontece porque a Igreja está fundada na rocha - Jesus e sua vitória sobre a morte.

   A Igreja é protegida não por mérito próprio, mas porque está edificada sobre aquele que venceu o Hades. A proteção da Igreja deriva diretamente da vitória messiânica de Cristo sobre a morte, confirmada em sua ressurreição.

Conclusão


   Esta passagem ilustra como a interpretação das Escrituras requer tanto rigor gramatical quanto sensibilidade ao contexto mais amplo, tendo Cristo como chave hermenêutica. Embora o texto grego indique que as portas do Hades não prevalecerão contra a Igreja, o fundamento dessa segurança está na pessoa e obra de Jesus Cristo. A Igreja permanece invencível não por força própria, mas porque está edificada sobre a rocha que já demonstrou sua vitória sobre a morte através da ressurreição.


Nicolas Breno

domingo, 21 de setembro de 2025

Albert Einstein - O 9° indivíduo exposto

 Albert Einstein - O 9° indivíduo exposto



Introdução

Albert Einstein, frequentemente celebrado como um ícone da ciência, é mais um defensor de uma teoria questionável, a da Relatividade, que se distanciou da física clássica de Newton. Em sua busca por proteger o modelo heliocêntrico, ele desconsiderou evidências irrefutáveis, como o experimento de Albert Michelson e Edward Morley, que demonstrou, de maneira clara e repetida, a estacionalidade da Terra. A teoria de Einstein, portanto, é uma tentativa de preservar um modelo que a ciência verdadeira já estava começando a questionar. Mesmo assim, ele é amplamente aclamado e reverenciado, com muitos incautos aceitando sua teoria sem a devida análise crítica, considerando-o um "gênio" cuja obra, para outros, é um exemplo de um raciocínio desacertado, ainda que popularizado por um vasto público alheado.

Contestações à Originalidade e Acusações de Plágio

Uma das críticas mais diretas vem do físico brasileiro César Lattes, que afirma categoricamente que "Einstein é uma fraude". Segundo Lattes, Einstein plagiou a Teoria da Relatividade do físico e matemático francês Henri Poincaré em 1905. Ele argumenta que a teoria não é uma invenção de Einstein, mas tem raízes que remontam à Renascença. Lattes atribui os cálculos corretos para a relatividade a Poincaré, incluindo a famosa equação E=mc², que, segundo ele, está correta, mas é de autoria de Henri Poincaré.
Esta acusação é reforçada pela alegação de que Einstein propôs a Teoria da Relatividade, plagiada de Poincaré, com o objetivo específico de "tentar resguardar o Heliocentrismo, que acabara de ser aniquilado pelos experimentos de Michelson e Morley que comprovaram a estacionalidade terrestre, e jogando literalmente no lixo toda a mecânica clássica Newtoniana".
A visão de falta de originalidade é ecoada por autores no livro "100 Autores Contra Einstein". Dr. Arvid Reuterdahl alega que:

- Einstein e Minkowski adotaram e distorceram a ideia original de Melchior Palágyi sobre o tempo como uma dimensão ligada ao espaço, publicada em 1901, antes dos trabalhos de Einstein.

- A fórmula de Einstein de 1911 para a deflexão da luz é essencialmente a mesma de Johann Georg von Soldner de 1801.

- Einstein usou a fórmula de Paul Gerber de 1898 para determinar a precessão do periélio de Mercúrio.

Críticas à Teoria da Relatividade Especial (TRE)

A Teoria da Relatividade Especial é alvo de inúmeras críticas lógicas, filosóficas e físicas. O próprio fundamento da teoria é atacado como uma negação da razão. Gerrard Hickson, em sua obra "Reis Destronados", critica a analogia de Einstein sobre a relatividade do movimento (a carroça em movimento e a rua parada) como algo que beira a insanidade:

“Seria divertido se lêssemos em um papel cômico, mas quando o professor Einstein disser isso em uma palestra na Universidade de Princeton, não devemos rir; Esta é a única diferença. É tolice [...] só é possível falar da rua em movimento enquanto a carroça ainda está parada - e para acreditar - quando joguei fora toda a experiência de uma vida e não sou mais capaz de entender a evidência dos meus sentidos; o que é INSANIDADE… Tal auto-engano como este não é raciocínio; é a NEGAÇÃO DA RAZÃO [...] É um Caso de Apelação, onde Einstein apela em nome de uma Astronomia Copernicana condenada contra o julgamento de Michelson - Morley, Nordmeyer, Física, Fato, Experiência, Observação e Razão.”

As principais contestações à TRE se concentram em seus postulados e consequências:

- O Experimento de Michelson-Morley e a Terra Estacionária: Um ponto central para os críticos é o experimento de Michelson-Morley, cujo resultado é visto como uma prova direta de que a Terra está parada. O próprio Albert Michelson, em 1881, admitiu que a conclusão de seu experimento "contradiz diretamente a explicação... que pressupõe que a Terra se mova".

- O matemático Wolfgang Smith afirma que o experimento descobriu que a velocidade orbital da Terra era "EXATAMENTE ZERO" e que, com base na física clássica, "o fato de que a Terra não se move era uma implicação rigorosa do resultado do experimento".

- Lincoln Barnett descreve como o experimento confrontou os cientistas com uma "alternativa embaraçosa": descartar a teoria do éter ou "abandonar a ainda mais vulnerável Teoria Copernicana de que a Terra está em movimento".

- Ronald W. Clark, biógrafo de Einstein, detalha o dilema, afirmando que as alternativas eram: "A primeira foi que a Terra estava parada, o que significava afundar toda a teoria copernicana e era impensável. A segunda foi que o éter foi levado pela Terra em sua passagem pelo espaço ... A terceira solução foi que o éter simplesmente não existia".

- Segundo o físico James A. Coleman, a "explicação mais fácil era que a Terra estava fixada no éter e que todo o resto do universo se movia em relação à Terra e ao éter", mas essa ideia não foi considerada seriamente por "significar, com efeito, que nossa terra ocupou a posição onipotente no universo".

- O físico Richard Wolfson resume o resultado do experimento: "Nunca houve... nenhuma mudança... nada. [...] A implicação é que a terra não está se movendo ... ”.

- Princípio da Constância da Velocidade da Luz: Walther Rauschenberger considera a ideia de que um mesmo raio de luz possa ter a mesma velocidade em relação a corpos em movimentos arbitrários como um "pensamento totalmente insano" e "absolutamente impossível".

Críticas à Teoria da Relatividade Geral (TRG)

A Relatividade Geral e seus conceitos são igualmente atacados. Nikola Tesla era um verdadeiro cientista, em oposição a Einstein, um mero confabulador. Os experimentos de Tesla com válvulas de alta tensão e raios cósmicos (patente 787.412) foram contra as afirmativas de Einstein.

Espaço Curvo e Propagação de Ondas: O conceito de "encurvamento do espaço" é indiscutivelmente uma PIADA. Tesla refutou a ideia em termos objetivos:
"De propriedades somente podemos falar quando tratando com matéria enchendo o espaço. Dizer que na presença de grandes corpos o espaço se torna curvo é equivalente a sustentar que alguma coisa pode atuar sobre nada. Eu, por mim, me recuso a concordar com tal ponto de vista.”
(Nikola Tesla, "Radio Power Will Revolutionize the World", Modern Mechanics and Inventions, July, 1934.)

É impossível a propagação de ondas no vácuo, sendo indispensável um meio para tal, o que contradiz a base da relatividade.

Contestações à Fama, ao Prêmio Nobel e ao Legado

A fama de Einstein é frequentemente atribuída a um lobby poderoso, e suas teorias são vistas como um retrocesso para a ciência. Nikola Tesla descreveu a teoria como uma "magnífica vestimenta matemática que fascina, deslumbra e deixa as pessoas cegas aos erros subjacentes" e seus expoentes como "metafísicos e não cientistas".

- César Lattes afirma que a fama de Einstein é mais fruto de seu "lobby" do que de seu mérito e que é "a turma dele" que continua a alimentar a lenda.

- O livro "100 Autores Contra Einstein" menciona um "terror dos Einsteinianos" e alega que a imprensa e as editoras conspiraram para suprimir a crítica.

- O Prêmio Nobel de Einstein, concedido por seu trabalho sobre o efeito fotoelétrico, também é questionado. Lattes chama a teoria de "furada", afirmando que a constatação de que a luz se comporta como partícula na emissão já havia sido feita por Max Planck.

- O físico Gotthard Barth resume a insatisfação com o legado de Einstein:
"O maior problema da física teórica são as teorias de Einstein, a relatividade do espaço-tempo, a curvatura do espaço e luz, os gêmeos. É completamente incompreensível saber que este diletantismo absurdo poderia conquistar o mundo inteiro. Em geral, vemos um movimento que passa longe do racionalismo iluminação do século 19 e vai para a escuridão mítico-mágica."

Albert Einstein não era um gênio revolucionário, mas um plagiador e um confabulador, cujas teorias indiscutivelmente falsas representam um retrocesso para a ciência e são sustentadas por um forte lobby em vez de mérito próprio.

Conclusão

Para finalizar, veja o que Einstein diz:
"Eu tenho vindo a acreditar que o movimento da Terra não pode ser medido por qualquer experimento óptico." (Physics Today, vol.35, n.8, p.45,47)

A perspectiva consolidada a partir dos textos e citações fornecidos retrata Albert Einstein e sua obra não como um pilar da ciência verdadeira, mas como um dos maiores equívocos intelectuais da história (pelos governantes de propósito). O que foi exposto aqui, e claro, não coloquei tudo, sustenta que a Teoria da Relatividade, em vez de ser uma revolução genial, é uma construção baseada em premissas falsas, erros lógicos e plágio.
Einstein era um falso cientista, plagiador, propagador de uma falsa teoria, ícone de gados amantes de terras molhadas de CGI.

Nicolas Breno

Referências

BARNETT, Lincoln. The Universe and Dr. Einstein. 2. ed. rev. Nova Iorque: Dover Publications, 2005. p. 44.
BARTH, Gotthard. Citado em: Albert Einstein é uma fraude. [s.l.: s.n.].
CLARK, Ronald W. Einstein: The Life and Times. Nova Iorque: World Publishing Co., 1971. p. 109-110.
COLEMAN, James A. Relativity for the Layman. Nova Iorque: William-Frederick Press, 1958. p. 37.
HICKSON, Gerrard. Reis Destronados. Londres: The Hicksonia Publishing Co., 1922. p. 65-66.
ISRAEL, Hans; RUCKHABER, Erich; WEINMANN, Rudolf (Org.). Hundert Autoren gegen Einstein. Leipzig: R. Voigtländers Verlag, 1931.
LATTES, César. Albert Einstein é uma fraude. Entrevista concedida ao Diário do Povo-Campinas. Campinas, 5 jul. 1996.
MICHELSON, Albert A. The Relative Motion of the Earth and the Luminiferous Ether. American Journal of Science, v. 22, p. 125, ago. 1881.
SMITH, Wolfgang. Science and Myth: What We Are Never Told. Tacoma: Angelico Press, 2019. p. 128.
TESLA, Nikola. Radio Power Will Revolutionize the World. Modern Mechanics and Inventions, jul. 1934.
WINELAND, David J. The structure of scientific revolutions. Physics Today, v. 35, n. 8, p. 45–47, ago. 1982.

Leituras Recomendadas

https://www.facebook.com/mentirampravoce/posts/pfbid0cVstP5rCWsYVhCdcfCwAXmFUrEB9K38DmGaAcKm3LSUeKJ9Y9KifXph2GWt9hWHQl

ECKERT, Michael. Rezension: Einsteins Gegner. Die öffentliche Kontroverse um die Relativitätstheorie in den 1920er Jahren von Milena Wazeck. Berichte zur Wissenschaftsgeschichte, v. 33, n. 1, p. 105–106, 2010. DOI: 10.1002/bewi.201001466. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/bewi.201001466

sábado, 20 de setembro de 2025

A Realidade do Livre-Arbítrio e a Inevitabilidade do Mal

 A Realidade do Livre-Arbítrio e a Inevitabilidade do Mal


   A questão da coexistência de um Deus onisciente e benevolente com o mal presente no mundo é um dos dilemas espirituais e filosóficos mais antigos e complexos. No presente texto, busco em poucas palavras trazer uma solução para o questionamento de muitos.

    A existência do mal é uma consequência direta e necessária do livre-arbítrio genuíno concedido por Deus à humanidade. A liberdade de escolha seria uma farsa se Deus interviesse para impedir todas as ações más, pois isso anularia a própria essência da liberdade.

   Vou escrever aqui duas analogias para ajudar a ilustrar a relação entre o livre-arbítrio, o mal e a responsabilidade humana.

1. A Analogia do Jardineiro e das Plantas Selvagens:

   Imagine um jardineiro que planta um jardim e oferece liberdade total para que as plantas cresçam de acordo com suas próprias necessidades. Ele pode fornecer o ambiente perfeito, com nutrientes e água, mas ele não pode forçar as plantas a se desenvolverem de maneira específica. Algumas plantas crescerão fortes e bonitas, enquanto outras podem se enredar em formas indesejáveis ou até se tornarem ervas daninhas.

    O jardineiro, apesar de seu amor e cuidado pelo jardim, não pode controlar completamente o crescimento das plantas, pois isso violaria o princípio da liberdade. Para que as plantas possam realmente crescer, evoluir e se tornarem o que elas devem ser, é necessário que haja espaço para que elas escolham seus caminhos, mesmo que algumas escolhas resultem em crescimento tortuoso. Do mesmo modo, Deus, ao conceder liberdade ao ser humano, permite que alguns escolham o mal, porque a liberdade autêntica exige a possibilidade do erro.

2. A Analogia do Artista e da Escultura:

   Imagine um escultor trabalhando com um bloco de mármore. Ele pode ver claramente a forma da estátua que deseja criar, mas ele não pode simplesmente moldar o mármore sem que o próprio material, com sua dureza e imperfeições, ofereça resistência. O escultor tem uma visão clara da peça final, mas cada golpe de cinzel é uma escolha, e a escultura só se revela por meio de tentativa e erro. O mármore pode ser quebrado de maneira inesperada e até parecer imperfeito em momentos durante o processo, mas a arte final só se concretiza após a superação dessas dificuldades e falhas.

   Da mesma forma, Deus tem uma visão completa de como a humanidade poderia evoluir, mas Ele concede liberdade para que cada indivíduo “molda” a si mesmo através de suas escolhas. O mal, então, é como as falhas ou imperfeições no processo de escultura, inevitáveis enquanto o ser humano está sendo formado, mas parte do processo de desenvolvimento do caráter. Assim como uma escultura só revela sua verdadeira forma através do trabalho meticuloso do artista, a humanidade só pode alcançar sua verdadeira natureza e propósito ao exercer livre-arbítrio, mesmo que isso envolva falhas temporárias.

    Essas analogias ajudam a expandir a ideia de que, para a verdadeira liberdade e autenticidade, o mal é uma consequência inevitável, pois a escolha do bem exige a possibilidade do mal.

   Essa lógica se estende à presciência divina. Embora Deus seja onisciente e saiba o futuro, Ele não age primordialmente com base nesse conhecimento, mas sim em Sua justiça, a fim de conceder oportunidades iguais a todos. Se Deus agisse estritamente pautado por Sua presciência, a existência humana e suas provações seriam desnecessárias; Ele poderia criar cada pessoa diretamente em seu destino final, seja o céu ou o inferno. O fato de Deus ter provado Abraão, mesmo sabendo de sua fidelidade, ou ter permitido uma prova a Davi na qual Ele sabia que Davi falharia, demonstra que a experiência no tempo é crucial para a manifestação da justiça e da liberdade.

   O caso do rei Ezequias, que orou por mais anos de vida e teve um filho que se tornou um homem perverso, exemplifica a complexidade dessa dinâmica. Deus concedeu o pedido, mesmo sabendo das consequências negativas futuras, porque não anula a escolha humana. Isso levanta uma reflexão sobre a responsabilidade humana, inclusive na oração. A sugestão é que os pedidos a Deus sejam sempre submetidos à Sua vontade, pois Ele conhece todas as variáveis e sabe o que é verdadeiramente melhor. Culpar a Deus por consequências de escolhas humanas, mesmo aquelas pelas quais oramos fervorosamente, é ignorar a responsabilidade que o livre-arbítrio nos confere.

   Em suma, a existência do mal não é um sinal da ausência ou da indiferença divina, mas uma prova da autenticidade do livre-arbítrio. Se Deus impedisse todo o sofrimento e toda a maldade, estaria violando a liberdade que Ele mesmo concedeu, transformando a humanidade em autômatos pré-programados para o bem. Portanto, a presença do mal no mundo é o paradoxo que valida a liberdade humana, desafiando cada indivíduo a assumir a responsabilidade por seus atos e a alinhar suas escolhas a uma vontade superior e mais sábia.

Nicolas Breno

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A Interpretação de Isaías 4:1 e as Implicações no Contexto Contemporâneo

 A Interpretação de Isaías 4:1 e as Implicações no Contexto Contemporâneo





   Recentemente, uma declaração feita em um podcast, citando Isaías 4:1 para justificar a ideia de que haveria "7 mulheres para cada homem" no contexto atual, gerou um grande debate sobre as relações de gênero e a dinâmica social entre homens e mulheres. A mulher afirmou que, em algum momento, as mulheres "implorariam" para que os homens as aceitassem, alegando que a criminalização dos homens e a diminuição da masculinidade levariam a um cenário em que a feminilidade só poderia ser forte por meio da força da masculinidade. No entanto, a utilização desse versículo de Isaías 4:1 para apoiar essa ideia necessita de uma análise cuidadosa, tanto do ponto de vista espiritual quanto contextual. Ao fazer isso, podemos entender por que essa interpretação é uma leitura equivocada da Escritura, e como o contexto escriturístico e cultural de Isaías torna essa interpretação insustentável.


O Texto Original de Isaías 4:1


   O versículo citado, Isaías 4:1, diz:

"E naquele dia sete mulheres pegarão um homem, dizendo: ‘Dê-nos o seu nome; damos o nosso próprio pão e roupa; apenas deixe-nos chamar-nos pelo seu nome; tire nossa vergonha.’” (Isaías 4:1, BHS).


   Em hebraico, o versículo é escrito da seguinte forma:

"וְהֶחֱזִיקוּ שֶׁ֙בַע נָשִׁ֜ים בְּאִ֣ישׁ אֶחָ֗ד בַּיּ֤וֹם הַהוּא֙ לֵאמֹ֔ר לַחְמֵ֣נוּ נֹאכֵ֔ל וְשִׂמְלָתֵ֖נוּ נִלְבָּ֑שׁ רַ֗ק יִקָּרֵ֤א שִׁמְךָ֙ עָלֵ֔ינוּ אֱסֹ֖ף חֶרְפָּתֵֽנוּ" (Isaías 4:1, BHS).


   Este versículo faz parte de uma seção do livro de Isaías que descreve a condição de Israel, e particularmente de Jerusalém, em tempos de julgamento e decadência. Isaías, ao escrever este texto, está falando de um futuro de calamidade e humilhação para o povo de Deus, não de uma realidade desejada ou justificada. O número "sete" é frequentemente utilizado nas Escrituras como um número simbólico de completude ou totalidade, o que sugere que o versículo não está falando literalmente de "sete mulheres", mas sim de uma situação onde haverá uma abundância de mulheres que, diante da crise, procurarão um homem para restaurar algum tipo de honra social ou familiar.


O Contexto de Isaías 4:1 e a Condição de Israel


   O versículo de Isaías 4:1 é um lamento sobre a queda moral e social de Jerusalém. Esse trecho se passa em um período onde a sociedade de Israel está marcada pela infidelidade a Deus e pela corrupção social. Ao longo de Isaías, o profeta fala da destruição de Jerusalém como um juízo divino sobre os pecados do povo, o que culminaria em uma sociedade desestruturada.


   A frase “וְהֶחֱזִיקוּ שֶׁ֙בַע נָשִׁ֜ים בְּאִ֣ישׁ” ("e sete mulheres pegarão um homem") reflete uma situação em que o número de mulheres é simbólico de uma abundância e não deve ser entendido literalmente como um modelo de poligamia. Isaías está descrevendo a desesperança de mulheres que, em meio ao caos e ao colapso social, seriam forçadas a buscar um homem para restaurar algum nível de dignidade e honra à sua sociedade. Em um cenário de guerra e crise, a mulher na cultura antiga era muitas vezes considerada vulnerável, e esse versículo pode ser visto como uma metáfora para a distorção das relações sociais em tempos de desintegração.


A Interpretação Errônea: Aplicações no Contexto Atual


   Ao usar Isaías 4:1 para justificar a ideia de que haverá "sete mulheres para cada homem" devido à atual "demonização da masculinidade", a mulher no podcast faz uma leitura literal e fora de contexto do texto bíblico. O versículo, quando lido dentro de seu contexto histórico e em questão de doutrina, não sugere uma dinâmica de gênero desigual ou de um fortalecimento de um modelo de masculinidade opressor. Pelo contrário, ele está descrevendo uma sociedade em decadência, onde os dois sexos, tanto homens quanto mulheres, estão sendo afetados pela instabilidade social provocada pelo afastamento de Deus.


   O uso do versículo como justificativa para uma ideia de que as mulheres implorariam por um homem em um contexto contemporâneo é, portanto, uma distorção, porque desconsidera o contexto de juízo e calamidade de Isaías. Isaías 4:1 não fala sobre uma realidade desejada ou um futuro ideal para a relação entre homens e mulheres, mas sim sobre uma crise social em que as mulheres, ao lado dos homens, sofreriam a consequência do pecado coletivo de Israel.


O Contexto Espiritual e Social em Isaías


   O texto de Isaías 4:2-6 oferece a restauração espiritual após a purificação do povo de Israel. O versículo 4, por exemplo, fala sobre o purificação das filhas de Sião:

  "Se o Senhor lavar a imundície das filhas de Sião, e purificar o sangue de Jerusalém do meio dela, com o espírito de juízo e com o espírito de ardor..." (Isaías 4:4, BHS).


   Isso reflete a restauração espiritual e a redenção de Israel após o julgamento, que será seguida pela glorificação e presença de Deus. O juízo e a humilhação descritos em Isaías 4:1 são seguidos por uma promessa de restauração e benção espiritual, não por uma valorização de um modelo de masculinidade ou feminilidade sobre o outro.


A Interpretação de Isaías 4:1 à Luz de Outras Escrituras


   Ao distorcer esse versículo, corre-se o risco de legitimar uma visão desequilibrada das relações de gênero, onde o poder masculino seria exaltado de forma descontextualizada. A Escritura, em vários pontos, aborda sobre a igualdade de valor e dignidade entre homens e mulheres, como em Gálatas 3:28, que afirma:

"Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus." (Gálatas 3:28, NVI). Versos do tipo são esquecidos por militantes de internet.

    Esta passagem afirma que em Cristo, as distinções de gênero e status social são abolidas, sendo a igualdade entre homens e mulheres um princípio fundamental do evangelho. Isaías 4:1 não promove uma visão de superioridade de um gênero sobre o outro, mas sim um lamento e uma descrição de uma situação de crise em Israel.


Conclusão: Refutando a Interpretação de Isaías 4:1


   A utilização de Isaías 4:1 para justificar a visão de que haverá "sete mulheres para cada homem" nos dias de hoje, como se isso fosse um cumprimento da profecia bíblica, é um exemplo de distorção do contexto escriturístico. O versículo, quando lido dentro de seu contexto histórico e espiritual, não sugere uma dinâmica de gênero desigual ou de um fortalecimento de um modelo de masculinidade opressor. Pelo contrário, o texto de Isaías é uma reflexão sobre a humilhação e o sofrimento de uma sociedade corrompida, que resultaria em um chamado ao arrependimento e à purificação de toda a nação.


    Infelizmente, pessoas e suas bizarras interpretações do tipo podem e vão ser usadas por feministas e grupos do tipo para fomentar discriminação. Fora os adolescentes e adultos com hormônios à flor da pele que adorariam que isso fosse realidade. Mas a Verdade não está condicionada a achismo ou força da natureza sexual, mas sim e tão somente em Cristo, a Rocha.

    Essa interpretação leva a uma generalização incorreta das questões de gênero atuais, ignorando os princípios de igualdade e dignidade que as Escrituras também defendem. A Escritura não justifica a dominação de um sexo sobre o outro, mas propõe uma relação de respeito mútuo e amor, com base no exemplo de Cristo, que amou a Igreja e a entregou por ela (Efésios 5:25). Portanto, a fala baseada nessa passagem de Isaías não deve ser vista como um reflexo legítimo do que está escrito, mas como uma leitura isolada e deturpada do texto.

  Podcasts abriram as portas para ignorantes.


Nicolas Breno

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Refutando bobices dos ateístas 37

 𝗥𝗲𝗳𝘂𝘁𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗯𝗼𝗯𝗶𝗰𝗲𝘀 𝗱𝗼𝘀 𝗮𝘁𝗲𝗶́𝘀𝘁𝗮𝘀 𝟯𝟳





"𝘗𝘰𝘪𝘴 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘰: “𝘋𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘪𝘳𝘦𝘪 𝘢 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘥𝘰𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘰𝘴 𝘴𝘢́𝘣𝘪𝘰𝘴 𝘦 𝘳𝘦𝘫𝘦𝘪𝘵𝘢𝘳𝘦𝘪 𝘢 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘭𝘪𝘨𝘦̂𝘯𝘤𝘪𝘢 𝘥𝘰𝘴 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘭𝘪𝘨𝘦𝘯𝘵𝘦𝘴”. 𝘖𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘰 𝘴𝘢́𝘣𝘪𝘰? 𝘖𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘰 𝘮𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦 𝘥𝘢 𝘭𝘦𝘪? 𝘖𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢́ 𝘰 𝘧𝘪𝘭𝘰́𝘴𝘰𝘧𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘦𝘳𝘢? 𝘈𝘤𝘢𝘴𝘰 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘯𝘢̃𝘰 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘰𝘶 𝘭𝘰𝘶𝘤𝘢 𝘢 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘥𝘰𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰? 𝘝𝘪𝘴𝘵𝘰 𝘲𝘶𝘦, 𝘯𝘢 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘥𝘰𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴, 𝘰 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰 𝘯𝘢̃𝘰 𝘰 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘦𝘶 𝘱𝘰𝘳 𝘮𝘦𝘪𝘰 𝘥𝘢 𝘴𝘢𝘣𝘦𝘥𝘰𝘳𝘪𝘢 𝘩𝘶𝘮𝘢𝘯𝘢, 𝘢𝘨𝘳𝘢𝘥𝘰𝘶 𝘢 𝘋𝘦𝘶𝘴 𝘴𝘢𝘭𝘷𝘢𝘳 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘳𝘦𝘦𝘮 𝘱𝘰𝘳 𝘮𝘦𝘪𝘰 𝘥𝘢 𝘭𝘰𝘶𝘤𝘶𝘳𝘢 𝘥𝘢 𝘱𝘳𝘦𝘨𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰."

O texto não está dizendo que Deus deseja que sejamos intelectualmente incompetentes ou "burros". Em vez disso, o apóstolo Paulo, ao citar esse trecho, está ressaltando que a sabedoria humana, por mais sofisticada que seja, não é capaz de revelar a verdadeira natureza de Deus.
Na mensagem de 1 Coríntios 1:19-21, Paulo destaca que o que o mundo considera sábio (os argumentos, a astúcia intelectual e demais “sabedorias”) fica aquém da sabedoria de Deus. Deus, na Sua sabedoria, inverte essa lógica: Ele torna "louca" a sabedoria deste mundo ao revelar que a salvação não vem por meio de discursos persuasivos ou conhecimento humano, mas pela simplicidade e humildade do evangelho, centrado na cruz de Cristo. Isso não é um convite para a ignorância, mas para reconhecer que nosso conhecimento limitado não alcança a profundidade do que Deus revela.
Paulo escreveu essa carta aos coríntios num ambiente em que a filosofia grega e o cultismo do saber eram muito valorizados. A cultura local pregava que a inteligência e a retórica eram os caminhos para o sucesso e para a compreensão do mundo. Ao afirmar que Deus "destruirá a sabedoria dos sábios", Paulo reorienta o foco para uma verdade radical: a mensagem do evangelho, que muitos chamariam de tola, é na realidade o poder e a sabedoria que Deus escolheu para a salvação de seus filhos. Por aqui já cai por terra qualquer mentira dos gnósticos que é adotados pelos neo pentecostais, apologetas, sectários e céticos de internet.

O trecho em grego diz:

Γέγραπται γάρ, Ἀπολῶ τὴν σοφίαν τῶν σοφῶν, καὶ τὴν σύνεσιν τῶν συνετῶν ἀθετήσω.
Ποῦ σοφός; Ποῦ γραμματεύς; Ποῦ συζητητὴς τοῦ αἰῶνος τούτου; Οὐχὶ ἐμώρανεν ὁ θεὸς τὴν σοφίαν τοῦ κόσμου τούτου;
Ἐπειδὴ γὰρ ἐν τῇ σοφίᾳ τοῦ θεοῦ οὐκ ἔγνω ὁ κόσμος διὰ τῆς σοφίας τὸν θεόν, εὐ

O verbo Ἀπολῶ (apolō) pode ser entendido como "destruir" ou "aniquilar" a sabedoria dos "sábios" e ἀθετήσω (athetēsō) como "rejeitar" ou "anular" a inteligência dos entendidos. Em seguida, Paulo faz perguntas retóricas que ressaltam a insuficiência dos métodos humanos para conhecer Deus e conclui que foi justamente aquilo que se considerava "loucura" (μωρία) na pregação do evangelho que foi escolhida por Deus para salvar os que creem.

Deus não quer que se abandonem habilidades intelectuais ou o estudo do conhecimento, mas deseja que o coração humano reconheça que a verdadeira sabedoria está além dos cálculos e das fórmulas humanas. Enquanto a sabedoria do mundo se apoia na autossuficiência e no orgulho, a sabedoria divina se revela na humildade da cruz, na simplicidade da fé e na graça inacreditável de Deus, que escolhe salvar aqueles que confiam no seu chamado, mesmo que a mensagem pareça tolice aos olhos dos homens. Paulo usou essa retórica para destruir a postura arrogante dos intelectuais da época e para mostrar que a salvação não é um prêmio para os que se vangloriam de sua sabedoria, mas para todos aqueles que respondem com fé ao evangelho. Não é pelo conhecimento que se salva, mas somente pela graça através de Cristo. Não é pelo saber, mas por conhecer Jesus. Lembre-se que a oferta de conhecimento foi dada pela serpente (satanás) no Éden.
Então, não, cético de internet: se Deus quisesse que fôssemos burros, Ele teria apoiado o ateísmo como correto.

𝗡𝗶𝗰𝗼𝗹𝗮𝘀 𝗕𝗿𝗲𝗻𝗼